Vereador classificou a situação como “desumana e vergonhosa”
O vereador Zé Lopes (Republicanos) usou a tribuna da Câmara Municipal de Rio Branco nesta terça-feira, 5 de agosto, para fazer um pronunciamento contundente sobre a crise no abastecimento de água que atinge diversos bairros da capital. Durante o Pequeno Expediente, o parlamentar criticou a falta de respostas da Prefeitura e afirmou que moradores da parte alta da cidade vivem em situação de abandono.
“Hoje eu subo nesta tribuna não apenas como vereador, mas como porta-voz da indignação das famílias que estão sendo esquecidas pela Prefeitura”, declarou Zé Lopes. “Já pensou como é viver sem água? Não é pergunta retórica. É a realidade vergonhosa de bairros como Montanhês, Jorge Lavocat, Caladinho, Vista Linda e tantos outros.”
Segundo o vereador, moradores estão ficando dias — e até semanas — sem água encanada, obrigados a comprar caminhões-pipa ou a utilizar recursos de programas sociais para suprir uma necessidade básica. Ele também denunciou que, mesmo sem fornecimento adequado, as contas continuam sendo cobradas pelo Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb).
“O cidadão está pagando duas vezes: paga imposto e ainda paga pela água que não chega pela torneira. E a torneira... seca. Mas o que não seca é o poço das desculpas, dos discursos prontos. Sobram desculpas, faltam soluções”, criticou.
Zé Lopes também direcionou críticas ao prefeito Tião Bocalom, alegando que, enquanto a população sofre com a falta de água, o gestor estaria percorrendo o interior do estado em compromissos políticos. “O prefeito anda em campanha política pelos municípios do Acre, enquanto em Rio Branco, mães, idosos, trabalhadores vivem um verdadeiro drama. As mensagens de desespero não param de chegar no meu WhatsApp. Gente pedindo socorro”, afirmou o parlamentar.
Ao fim do discurso, o parlamentar anunciou que irá notificar novamente os órgãos responsáveis, incluindo a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e o Saerb. Ele reforçou que continuará cobrando soluções e não pretende se calar diante do que chamou de “descaso com o básico”.
“Isso é um absurdo! Isso é desumano! Isso é vergonhoso! E eu pergunto: você consegue viver sem água? Porque o povo está sendo obrigado!”, concluiu.