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POLÍTICA

Vereador Samir Bestene propõe redução de IPTU para imóveis residenciais com uso comercial em Rio Branco

Vereador Samir Bestene propõe redução de IPTU para imóveis residenciais com uso comercial em Rio Branco

O vereador Samir Bestene (PP) apresentou na sessão desta quarta-feira, 7, na Câmara de Rio Branco, um anteprojeto de Lei que propõe a alteração do Artigo 12 da Lei nº 1.508/2003, que trata do Código Tributário Municipal. A proposta busca incentivar o empreendedorismo local ao permitir que imóveis utilizados concomitantemente como residência e ponto comercial tenham direito à alíquota de IPTU residencial, atualmente de 0,5% sobre o valor venal do imóvel.

A medida, segundo o parlamentar, tem como foco estimular pequenos empreendedores, especialmente os que atuam como Microempreendedores Individuais (MEIs), empresários individuais ou sócios de pequenas empresas e que utilizam sua própria residência como local de trabalho.

“Essa é uma pauta que eu tenho defendido muito. Temos uma informalidade muito grande em Rio Branco. Muitas pessoas montam salões de beleza, mercearias, lavagens de carro e outros comércios em suas próprias casas. Essas pessoas precisam de incentivo, não de penalidades”, afirmou Bestene em discurso na tribuna.

O parlamentar apontou ainda que, conforme levantamento feito junto à Prefeitura, há atualmente mais de 200 imóveis em Rio Branco onde o espaço residencial também é usado como estabelecimento comercial. No modelo atual de cobrança, a Prefeitura tributa essas áreas mistas com alíquotas diferenciadas: 0,5% na área residencial e 2% na área comercial, o que, segundo o progressista, onera excessivamente pequenos empreendedores.

A proposta altera o artigo 12 da Lei nº 1.508/2003, incluindo o parágrafo 3º, que estabelece critérios específicos para que o imóvel seja tributado integralmente pela alíquota residencial:

  • O imóvel deve ser residência do próprio contribuinte;
    • Deve ser o único imóvel do contribuinte ou do cônjuge;
    • A atividade comercial precisa estar regularmente cadastrada no município;
    • O imóvel deve ter até 500 m² de área de terreno.

Na justificativa, Samir destaca que o projeto visa promover a justiça tributária, incentivar a formalização dos negócios e contribuir com a geração de emprego e renda na capital. “A prefeitura pode sim dar esse incentivo fiscal. É uma maneira de apoiar quem está na informalidade a legalizar seu negócio, ter seus direitos garantidos e contribuir com a economia local”, reforçou.

Bestene afirmou ainda que já discutiu a proposta com o secretário municipal de Finanças, que considerou a medida viável do ponto de vista técnico e fiscal. “Espero que a prefeitura acate essa proposta. Essa é uma forma de dar dignidade, reduzir desigualdades e fomentar o empreendedorismo popular. A máquina pública está inchada, e não consegue absorver todos os que estão fora do mercado de trabalho. Apoiar quem empreende é essencial”, concluiu o vereador.

O anteprojeto agora segue para análise e possível encaminhamento ao Executivo Municipal.