..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍTICA

Vereador Samir Bestene cobra revitalização do Cacimbão da Capoeira, patrimônio histórico e cultural de Rio Branco

Vereador Samir Bestene cobra revitalização do Cacimbão da Capoeira, patrimônio histórico e cultural de Rio Branco

O vereador Samir Bestene (PP) utilizou a tribuna da Câmara na sessão desta quarta-feira, 4, para cobrar do poder público municipal a restauração do Cacimbão da Capoeira, considerado um dos principais patrimônios históricos e culturais da Capital acreana.

O progressista relatou visita recente ao local, a convite dos moradores do bairro Capoeira, e lamentou o estado de abandono em que se encontra o espaço. Segundo ele, o Cacimbão, que já foi símbolo de encontros comunitários e efervescência cultural, hoje sofre com a ocupação desordenada de pessoas em situação de rua e do uso de entorpecentes.

“Estive na terça-feira com os moradores do bairro da Capoeira, que me convidaram para visitar o famoso Cacimbão. Um local histórico da nossa cidade, que foi o primeiro ponto de água potável do Acre. Já solicitei à Fundação Garibaldi Brasil a revitalização do espaço, que tem grande valor sentimental para os branquenses”, frisou.

O parlamentar destacou a importância de reativar o espaço como centro de convivência e cultura, lembrando que, em décadas passadas, o Cacimbão servia como palco para apresentações artísticas, rodas de capoeira, eventos culturais e reuniões familiares.

“É um espaço lindo, que precisa voltar a ser frequentado pela população. Ali foi feito um quiosque justamente para se tornar um ambiente agradável. Com atividades e eventos, podemos resgatar sua importância e dar oportunidade para as famílias, para os artistas locais e para quem quer empreender — acrescentou Bestene, ao exibir imagens da atual situação do local no telão da Casa Legislativa.

O vereador também convocou a Comissão de Cultura da Câmara para que juntos busquem esclarecimentos com a FGB sobre o que está sendo planejado em relação ao espaço.
“Já faço aqui um convite à Comissão da Cultura para que possamos ir até a FGB entender quais são os planos para o Cacimbão. É nosso dever preservar esse espaço que tem ligação direta com a origem da nossa cidade”, concluiu.

Patrimônio tombado

De acordo com registros históricos, o Cacimbão da Capoeira surgiu em 1927, ainda durante o governo de Hugo Ribeiro Carneiro. O local contava com seis fontes de água natural, que abasteciam, por meio do trabalho dos “aguadeiros”, dezenas de famílias da região. Na época, a água era transportada manualmente em baldes carregados nos ombros ou no lombo de animais.

O valor histórico do Cacimbão foi reconhecido oficialmente nas décadas de 1970 e 1980, quando se consolidou como ponto de encontro cultural. A partir dessa efervescência artística e social, o local foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural de Rio Branco. Durante esse período, além de fornecer água potável, o espaço também reunia torcedores do tradicional time de futebol local e foliões do bloco de carnaval Bem-Te-Vi.