“Os valores divergem, e isso precisa ser esclarecido”
O vereador Fábio Araújo (MDB) levantou questionamentos na sessão desta terça-feira, 16, na Câmara de Rio Branco, sobre o Projeto de Lei que prevê a majoração do subsídio destinado ao transporte coletivo da capital. Segundo ele, os números apresentados pela empresa responsável pelo serviço não justificam o valor solicitado.
Araújo destacou que, em 2023, quando o primeiro subsídio foi aprovado, a frota era de 115 ônibus. Em 2025, o número caiu para 99, uma redução de 16 veículos. Além disso, comparou os custos operacionais: “Na época, o litro do diesel custava R$ 6,21. Hoje está em R$ 5,91. O gasto com pneus, que era de R$ 2.949, caiu para R$ 2.350. E a folha de pessoal, que em 2023 era de R$ 1.599.000, em 2025 está em R$ 1.590.000. Ou seja, os custos diminuíram, e não aumentaram”, afirmou.
O emedebista também questionou divergências entre documentos oficiais. Segundo ele, o parecer da Procuradoria-Geral do Município (PGM) mencionava subsídio de R$ 0,50 por passagem, e não de R$ 1, como consta no projeto encaminhado à Câmara. “Onde é que isso foi mudado? Se houve alteração, era necessário um novo parecer da PGM. Além disso, a planilha citada no parecer não é a mesma que recebemos aqui. Os valores divergem, e isso precisa ser esclarecido”, criticou.
O parlamentar calculou ainda que, levando em conta o reajuste de 17% no salário dos trabalhadores, o custo adicional mensal seria de aproximadamente R$ 270 mil, o que representaria cerca de R$ 3,5 milhões ao ano. “A empresa alega que precisa do subsídio para garantir o aumento aos trabalhadores. Mas se a necessidade é de R$ 3,5 milhões, por que estão pedindo R$ 14 milhões? Essa é uma pergunta que precisa ser respondida”, completou.