Dados do Brasil em Mapas divulgados hoje (16/10) mostram que professores temporários do Acre recebem 14,6% a menos que professores efetivos, embora desempenhem as mesmas atribuições.
O estado do Pernambuco tem a maior desigualdade salarial quando comparados temporários e efetivos. Lá, os temporários recebem 58% a menos do que professores efetivos.
No Mato Grosso do Sul e Maranhão, os temporários recebem, respectivamente 51% e 45% a menos que os efetivos, configurando diferenças superiores a 40% no valor hora trabalhada para exercer a mesma profissão.
Enquanto professores efetivos têm piso médio nacional de R$ 4.8 mil, os temporários enfrentam valores significativamente inferiores em diversos estados.
Em contrapartida, um grupo de onze estados demonstra equiparação salarial total entre as duas categorias (ou 0% de diferença), dentre eles Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.
Nestas unidades federativas, não há diferença remuneratória entre temporários e efetivos, com ambos seguindo o mesmo piso salarial, indicando políticas de valorização docente mais igualitárias e isonômicas.
A situação intermediária inclui estados como Distrito Federal (8,7% a menos), Sergipe (9,3%) e Ceará (11,5%), onde as diferenças são inferiores a 20%. Essas variações regionais destacam a falta de padronização nacional e a influência das políticas estaduais na valorização dos profissionais da educação e estabilidade da carreira docente.
O Brasil em Mapas afirma que os dados refletem a necessidade de políticas que garantam equidade remuneratória em todo território nacional.
No Acre, o Sinteac trabalha para promover a equiparação salarial entre temporários e efetivos, por meio de mudanças no PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações).
