Os trabalhadores da Educação municipal de Rio Branco intensificaram a mobilização e cobraram apoio dos vereadores para destravar o diálogo com a gestão do prefeito Tião Bocalom. Em reunião realizada nesta terça-feira, 27, na Câmara, a categoria expôs o descumprimento de acordos e a falta de avanços nas negociações salariais.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, destacou a frustração dos servidores diante da ausência de respostas concretas por parte da Prefeitura.
“Há dois anos tentamos fechar uma negociação e nada foi cumprido. Nem o reajuste para a equipe gestora foi pago, nem houve reposição inflacionária para os servidores não docentes em 2023 e 2024,"afirmou.
Outro ponto levantado foi o não cumprimento do reajuste do piso do magistério e da carga horária de oratividade dos professores, prevista em legislação federal. Segundo Rosana, há um déficit significativo nas horas destinadas a planejamento e atividades fora da sala de aula.
O presidente da Comissão de Educação da Câmara, vereador Matheus Paiva (UB), reforçou o compromisso do Legislativo em viabilizar o diálogo com o Executivo. “Esta é uma Casa de diálogo. Precisamos ouvir os servidores e buscar soluções. A Prefeitura criou uma comissão de negociação, e esperamos que isso gere respostas efetivas," declarou.
Já o presidente da Câmara, vereador Joabe Lira (UB), comprometeu-se a levar as demandas diretamente ao chefe do Executivo e tentar agendar uma reunião com os representantes da categoria. “Vamos trabalhar para que essas pautas avancem com o apoio desta Casa. A Educação é um pilar essencial, e queremos que continue avançando”, disse.