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POLÍTICA

‘Sem a compensação, nós não andamos, precisamos resolver isso’, pressiona Assuero Veronez

‘Sem a compensação, nós não andamos, precisamos resolver isso’, pressiona Assuero Veronez

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), Assuero Veronez, disse durante coletiva na manhã desta quinta-feira (24/7), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que é possível conciliar a pauta ambiental e produção agrícola e pecuária. Porém, no Acre, isso está descompensado.

“É possível conciliar, mas hoje, esse debate está desequilibrado. Hoje, há um excesso de preocupação com o meio ambiente. Já chegamos a um ponto que os produtores já entendem que há uma espécie de perseguição aos produtores. A legislação ambiental é muito rígida, muito pesada. Poucos conseguem sobreviver a esse cenário tão complicado. Precisamos achar saídas. E a saída depende de pessoas que possam pensar o desenvolvimento, ao lado da preservação. Repito: há um desequilíbrio nisso”, disse Assuero Veronez.

Assuero mencionou que a vinda do ex-deputado Aldo Rebelo, que foi relator do Código Florestal, na Câmara dos Deputados em 2012, fortalece a luta dos produtores rurais na busca por soluções para os embargos ambientais, por exemplo, e para a regularização fundiária e ambiental.

“O Aldo Rebelo está vindo, trazido por nós e pela Assembleia, iniciativa do Pedro Longo e do presidente, para fazermos esse debate no Acre, que já está sendo feito em toda a Amazônia e procurar saídas. O Aldo Rebelo é um profundo conhecedor da Amazônia. Tem um currículo espetacular e conhece a Amazônia de andar na Amazônia, de entender os seus problemas, de conhecer os seus problemas. Ele é um intelectual. Um nacionalista e se preocupa muito com a questão Amazônica”, pontuou.

Semelhante ao que disse o presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior, quanto à necessidade de regulamentação da Lei da Compensação Ambiental aprovada pela Aleac e sancionada pelo governador Gladson Camelí, Veronez disse que “sem a compensação” não há como avançar no debate para a retirada de milhares de produtores do Acre atingidos por embargos ambientais.

“A Amazônia é a região mais rica do Brasil potencialmente, mas na verdade é a região mais pobre. Então, isso é uma contradição. Se nós somos tão ricos assim por que a população nossa é a mais pobre? Então, nós precisamos enfrentar esse debate. É um debate complicado, complexo, que há muitas forças que nos seguram, nos pressionam, que nos impedem de crescer, mas precisam ser enfrentados. E esse ato de amanhã, na Assembleia, de fazer a audiência pública, e no sábado estaremos fazendo uma palestra com ele na Expoacre, na Casa do Produtor, para fazer uma palestra sobre essa questão. Na verdade, a legislação precisa avançar. Sem a compensação, nós não andamos, precisamos resolver isso”.