Mudança para o bairro Castelo Branco gerou reações, mas gestor afirma que decisão foi técnica e terá apoio de programas de segurança
O secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos de Rio Branco, João Marcos Luz, concedeu coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, 21, para esclarecer os motivos e os impactos da transferência do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), que foi deslocado do centro da capital para o bairro Castelo Branco.
A mudança, realizada durante a madrugada, causou repercussão entre parlamentares e moradores da nova área de funcionamento do serviço, especialmente após o vereador Eber Machado (MDB) anunciar greve de fome em protesto contra a decisão.
Em resposta, o secretário garantiu que a alteração foi fruto de planejamento técnico e negou qualquer tipo de improviso.
“De dia nós precisamos atender o cidadão. A mudança aconteceu à noite justamente para não prejudicar o serviço. Hoje, por exemplo, não conseguimos servir o café da manhã, mas o almoço já está sendo providenciado normalmente”, explicou João Marcos.
O gestor reafirmou que a nova unidade não funcionará como abrigo noturno. Segundo ele, o espaço servirá exclusivamente para atendimento, triagem e encaminhamento dos usuários para casas de apoio ou outros serviços municipais.
“Lá ninguém vai dormir, ninguém vai se alimentar. Será apenas um escritório de acolhimento e encaminhamento. Essa desorganização que se vê hoje no centro da cidade não vai acontecer no novo endereço”, assegurou.
João Marcos também mencionou que a decisão contou com o respaldo de órgãos como o Ministério Público, Tribunal de Justiça e Defensoria Pública, e que existe um comitê interinstitucional acompanhando todo o processo. Ele garantiu ainda que ações estão sendo articuladas com o Governo do Estado para ampliar a segurança na região.
“Já pedimos à Secretaria de Segurança Pública o reforço do policiamento na área. Também vamos instalar câmeras pelo programa 'Rio Branco Mais Seguro'. Sabemos que há quem se aproveite da vulnerabilidade dos moradores de rua para cometer crimes, mas é injusto atribuir a eles a responsabilidade por toda a insegurança”, destacou.
O titular da Sasdh pediu que os moradores do Castelo Branco, Floresta, Bela Vista e da Baixada da Sobral confiem na administração pública e afirmou que haverá transparência e qualidade na prestação dos serviços.
“Eu não estou tomando essa decisão sozinho. Há uma equipe técnica e diversas instituições envolvidas. Peço que a população confie em nosso trabalho. Sabemos que há interesses políticos querendo gerar desinformação e medo, mas a realidade vai provar que esse serviço será eficiente e seguro”, concluiu.