“Não podemos ficar o tempo todo com uma empresa atuando de forma emergencial”
O vereador Samir Bestene (PP) voltou a cobrar providências em relação ao transporte coletivo urbano da Capital, na sessão desta terça-feira, 16, na Câmara de Rio Branco. Em resposta à preocupação da população com uma possível paralisação do serviço, o parlamentar destacou a necessidade de melhorias no sistema e criticou a permanência da empresa atual em contrato emergencial.
Segundo Bestene, os vereadores tiveram acesso a uma tabela apresentada pela empresa responsável pelo transporte, que aponta prejuízos acumulados. “A gente vê muitos problemas nos ônibus da nossa cidade. Como membro da Comissão de Transporte, é nosso papel solicitar melhorias e acelerar a questão do Projeto de Lei Complementar do subsídio. Não podemos ficar o tempo todo com uma empresa atuando de forma emergencial”, afirmou.
O progressista defendeu que a nova licitação seja estruturada em lotes, permitindo a participação de mais de uma empresa no sistema. “É preciso dividir os lotes e permitir que mais empresas participem. Isso pode garantir um serviço de melhor qualidade para os usuários da nossa Capital”, disse.
Bestene lembrou que a demanda por uma nova licitação já se arrasta há cerca de três anos e que dois projetos de lei já foram enviados à Câmara com esse objetivo. Ele reforçou a urgência da tramitação para evitar que a cidade continue dependente de uma única empresa em caráter provisório.
Questionado sobre o andamento do Projeto de Lei Complementar nº 20/2025, que prevê reajuste no subsídio ao transporte coletivo, Bestene informou que o texto ainda está em análise nas comissões. “A expectativa é que até quinta-feira o projeto seja colocado em pauta, mas por enquanto seguimos aguardando os pareceres”, explicou.
O parlamentar também comentou sobre uma possível articulação entre o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o presidente da Câmara para evitar a paralisação do serviço antes da votação. “Parece que houve uma conversa para segurar essa pauta de paralisação até que o projeto seja votado nesta semana”, concluiu.