O secretário de Estado de Planejamento, Ricardo Brandão, reconheceu que há um passivo devido aos servidores públicos do Estado, relacionado as perdas inflacionárias, reivindicado pelos sindicatos. Porém, ele pontuou que não adianta fazer a correção, sem conseguir pagá-lo.
“Algum poder conseguiu conceder reajuste acima de 5%, anualmente? Não. ‘Ah, tem um passivo a ser corrigido de anos anteriores’. Isso tem que ser discutido. Mas, do que adianta eu corrigir um passivo, e eu não conseguir honrar o pagamento dele? São escolhas que a gente tem que fazer e eu enquanto estiver na gestão, eu vou continuar orientando as escolhas mais racionais”, disse o secretário.
Em outro trecho, Brandão afirmou que o Acre depende 75% das receitas da União. “Nós não conseguimos mudar isso. Os recursos que o Estado capta e deverá captar, devem, sim, ser investidos no setor produtivo para gerar riqueza. Essa é uma lógica que incomoda todos nós”.
Para Ricardo Brandão, a solução é o desenvolvimento econômico do Estado. “Precisamos dar as mãos para desenvolver o estado do Acre. Todo mundo sabe que a gente está no limite da capacidade de gastos”.
“A gente pode fugir de tudo, menos da realidade. E a realidade que está posta hoje, é que nós precisamos dar as mãos enquanto irmãos acreanos e buscar soluções. Quem está na gestão precisa fazer escolhas em nome do bem comum, porque ser governante é tomar decisões para defesa do coletivo e é com esse espírito que temos geridos esse Estado. O governo Gladson Cameli sempre foi solidário a todas as categorias”, completou.