Durante a reunião da Comissão de Segurança Pública, da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), realizada na tarde desta terça-feira (15), o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre (Sinpol), Rafael Diniz, afirmou que a Segurança Pública vive um “caos”.
Ele ressaltou que nos próximos dias as Forças de Segurança farão uma manifestação no Centro de Rio Branco. A ideia é parar tudo. Eles defendem duas pautas comuns: reajuste salarial e desoneração do banco de horas.
“A recomposição salarial não é pedir aumento de salário. A inflação já corrompeu, desde o governo Gladson Cameli, mais de 40% do nosso poder de compra. Nós vivemos em um estado que tem, senão, o custo de vida mais elevado. As coisas aumentam e o nosso poder de compra diminui. A outra pauta em comum é desoneração do nosso banco de horas. Já está lá e a gente não entende o porquê. O banco de horas é quem segura as Forças de Segurança. O que é mais importante desse valor, que é a hora trabalhada. De todas as forças, bem ou mal está defasado”, disse Diniz.
Ele destacou ainda que “a população precisa entender o momento” e que: “não é normal presos sendo decapitados dentro de presídio. Não é normal seres humanos serem mortos em plena luz do dia em bairro da capital por decreto de facção criminosa”.
Rafael Diniz pontuou também: “não dá mais para colocar a poeira debaixo do tapete. Há muitos anos a gente vem levando”, disparou.
A reunião foi presidida pelo deputado estadual Arlenilson Cunha (PL) e contou com representantes sindicais e de associações da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e da Polícia Penal.
O presidente da Associação dos Militares do Acre, subtenente Kalyl Moraes, reforçou a fala de Rafael Diniz. Destacou que já há encaminhamentos para as tropas irem às ruas se manifestar contra a defasagem salarial.
“Nós estamos disponíveis nessa pauta. Temos encaminhamentos feitos para virmos para as ruas manifestar a nossa insatisfação. Não é a voz minha, subtenente Kalyl, é do Rafael Diniz ou de qualquer outro representante, é dos nossos representados, das nossas categorias. Tem todo mundo consegue chegar aos senhores [deputados] e fazer esse clamor. Essa missão é nossa. Temos tentado junto ao governo e o que temos visto é o descaso, é o descompromisso, sempre indo para mídia apresentar números construídos através de muito trabalho desses entes aqui”, disse.