Uma pesquisa conduzida pelo Greenpeace revela que a eliminação das queimadas poderia aumentar a expectativa de vida dos acreanos em 2,5 anos. Já em Rondônia, aumentaria em 2,9 anos; Amazonas, 2,8 anos; 1,5 ano em Mato Grosso e entre 0,4 e 0,9 anos nos cinco estados mais ocidentais, de acor do com dados de 2023. O estudo ‘Céus Tóxicos: como o agronegócio está sufocando a Amazônia’ foi publicado este mês.
“Se a região amazônica do Brasil atingisse a diretriz da OMS para 2021 de um nível médio anual de PM2,5 de 5 µg/m³, o aumento potencial da expectativa de vida na região com a remoção dos fatores de mortalidade prematura relacionados à poluição do ar por PM2,5 poderia ser considerável. O Índice de Qualidade do Ar (AQLI) da Universidade de Chicago estima o ganho potencial na expectativa de vida com o cumprimento do padrão de PM2,5”, pontua os pesquisadores.
O estudo diz ainda que a região Amacro, que compreende os estados do Amazonas, Rondônia e Acre, “tornou-se um epicentro do desmatamento na região amazônica”.
“O desmatamento e a prática da queimada estão aumentando ao longo das estradas existentes e com a abertura de novos ramais. Esse crescimento tem sido monitorado pelo Greenpeace Brasil por meio do acompanhamento de dados oficiais, pesquisas institucionais com imagens de satélite e radar, além de inúmeras atividades de campo terrestres e aéreas realizadas nos últimos anos”, destacam.
