O promotor de Justiça do Ministério Público do Acre (MPAC), Thalles Ferreira, da Promotoria Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, afirmou que o prefeito Tião Bocalom (PL) tem “legitimidade” para fazer a transferência do Centro Pop para o bairro Castelo Branco.
“Ele foi eleito no primeiro turno com quase 70% dos votos. Ele tem legitimidade. Vocês todos deram legitimidade para o prefeito. Essa política pública existe desde 2009. O Acre foi o primeiro estado a fazer a adesão a essa política e desde 2009 ela não sai do papel e se resume a um Centro Pop. Eu suspeito que alguém se beneficia do caos do não funcionar dessa política”, disse o promotor.
Thalles Ferreira ressaltou ainda que não se pode ignorar as pessoas em situação de rua. “Eu vivia no Centro Pop no ano passado. Essas pessoas têm histórias, famílias, histórias muito lindas. É preciso valorizar. Essas pessoas têm dignidade. Ano passado tentamos resolver de todas formas esse problema de distribuição de marmitas aqui no centro da cidade”.
Ainda de acordo com o promotor, a Prefeitura de Rio Branco tem 180 dias para elaborar um plano de atuação para as pessoas em situação de rua. Quanto aos questionamentos da estrutura do novo Centro Pop, Thalles disse que o MPAC “está fiscalizando” e enfatizou com relação ao antigo Centro.
“Nós temos cinco relatórios desse antigo Centro Pop, dizendo que ele estava caindo na cabeça dos servidores, dos usuários”, ressaltou ao destacar os relatórios elaborados pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do MPAC.