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POLÍTICA

Presidente do Sinteac desmente líder do prefeito durante manifestação na Câmara de Rio Branco: "Não é por eleição, é por dois anos de enrolação"

Presidente do Sinteac desmente líder do prefeito durante manifestação na Câmara de Rio Branco: "Não é por eleição, é por dois anos de enrolação"

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, confrontou o vereador Rutênio Sá (União Brasil), líder do prefeito Tião Bocalom na Câmara, após declarações polêmicas do parlamentar sobre a greve dos servidores municipais da Educação, que estão com suas atividades paralisadas desde o dia 22 deste mês.

Durante entrevista concedida à imprensa, Rutênio Sá tentou justificar o impasse entre o Executivo municipal e os servidores, alegando que há uma comissão em diálogo com diversas categorias e que o reajuste reivindicado depende de uma proposta de reforma da Previdência que será encaminhada à Câmara em breve.

“Existe uma comissão dialogando com várias categorias. A greve da Educação é legítima, mas também temos que verificar que existe uma eleição do sindicato nos próximos 20 dias. Então, não sei até que ponto esse movimento grevista está atrelado a essa eleição. Não vou dizer politizando, mas existe um processo eleitoral, e todos sabemos que precisamos mostrar atitudes ao nosso eleitorado”, disse o parlamentar.

A fala do vereador provocou imediata reação da presidente do Sinteac, que interrompeu a entrevista, visivelmente indignada. Rosana Nascimento rechaçou qualquer insinuação de que a greve esteja sendo usada como instrumento político para beneficiar sua reeleição à frente do sindicato.

“Nunca! A categoria nem está 100% sabendo que vai ter eleição. Quem delibera a greve não é a professora Rosana, é a categoria. \[...] Em nenhum momento pedi voto. A greve é justa porque o prefeito tem dois anos enrolando a Educação, enganando. Não deu reajuste em 2024 e não quer atender nossa pauta. Vereador, fale só a verdade. Eu nunca fiz politicagem no sindicato", rebateu Rosana.

Ela ainda destacou a situação precária nas escolas da Capital e responsabilizou diretamente a gestão municipal pelas deficiências: “As escolas estão faltando tudo. A merenda está sendo entregue parcialmente, material didático quem compra são os professores. A greve é porque não nos valorizam, não é por eleição.”