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POLÍTICA

Presidente da Amac pede equilíbrio entre preservação e justiça e revela preocupação com efeitos sociais da Operação Suçuarana na Resex Chico Mendes

Presidente da Amac pede equilíbrio entre preservação e justiça e revela preocupação com efeitos sociais da Operação Suçuarana na Resex Chico Mendes

A Associação dos Municípios do Acre (Amac), presidida pelo prefeito Tião Bocalom (PL), que representa os 22 municípios do Estado, divulgou uma nota pública em que manifesta apoio e solidariedade aos moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes e aos municípios afetados pela Operação Suçuarana, deflagrada recentemente por órgãos federais de fiscalização ambiental.

Na nota, a entidade reconhece a importância da proteção ao meio ambiente e do cumprimento das leis, mas destaca a preocupação com os efeitos sociais enfrentados pelas comunidades tradicionais e extrativistas da região, que, segundo a Amac, “dependem da terra e dos recursos naturais para sobreviver”.

“Cuidar do meio ambiente é, antes de tudo, cuidar das pessoas que fazem parte dele”, afirma o comunicado.
A Amac defende que não há desenvolvimento sustentável sem justiça social e cobra medidas que conciliem a preservação ambiental com a dignidade humana, o direito ao trabalho e a permanência das populações tradicionais em seus territórios.

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A manifestação ocorre em meio a protestos de moradores da reserva e de lideranças municipais que alegam impactos negativos provocados por ações de fiscalização ambiental que, segundo eles, têm sido realizadas de forma abrupta, sem diálogo prévio com as comunidades afetadas.

No documento, a Amac reforça seu compromisso com um Acre que avance em direção ao desenvolvimento equilibrado, “entre crescimento econômico, inclusão social e responsabilidade ambiental”, e se coloca à disposição para contribuir com propostas, projetos e políticas públicas que garantam esse caminho.

A Reserva Extrativista Chico Mendes, localizada no sul do Acre, é uma das principais áreas de conservação da região amazônica e abriga milhares de famílias que vivem da extração sustentável de recursos naturais como borracha, castanha e madeira legalizada. A Operação Suçuarana tem como objetivo combater o desmatamento ilegal e outras infrações ambientais, mas tem gerado polêmica por conta dos seus impactos diretos nas comunidades locais.