A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), deu início, na manhã desta segunda-feira (14), à Oficina Estratégia Alimenta Cidades. O evento, que ocorre no auditório da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, segue até esta terça-feira, 15, e tem como objetivo promover o diálogo entre governo, sociedade civil e atores locais sobre políticas de segurança alimentar e nutricional no município.
A Capital acreana foi uma das 60 cidades brasileiras selecionadas para receber a oficina, uma iniciativa do Governo Federal que visa apoiar a estruturação e o fortalecimento da agenda alimentar urbana nas cidades. O secretário da SASDH, João Marcos Luz, destacou a importância do evento e o reconhecimento do município pelas ações já implementadas no setor.
“Rio Branco foi selecionada entre as 60 cidades para receber esse programa. Isso acontece pelos equipamentos que nós já temos: uma unidade de restaurante popular, um banco de alimentos e a perspectiva de mais quatro unidades. Atualmente, são cerca de 700 refeições servidas por dia, totalizando 135 mil ao longo do ano passado. Mas isso precisa ser feito com qualidade”, frisou o gestor.
Luz também pontuou os desafios enfrentados pela gestão municipal, principalmente a falta de financiamento federal para manter e expandir os serviços de segurança alimentar. “Hoje, toda a despesa é com recurso próprio, e o município não comporta essa carga sozinho. Precisamos que o governo federal também financie os restaurantes populares. Existe o entendimento, mas ainda não está na prática”, reforçou.
O secretário acrescentou que a Capital ainda não possui um Plano Municipal de Alimentação e Nutrição, mas já criou um conselho para desenvolver essa política pública. “Essa oficina é uma oportunidade de aprendizado e também de apresentar nossas necessidades ao governo federal”, disse.
O prefeito Tião Bocalom também participou da abertura do evento e destacou o compromisso da gestão com a ampliação da oferta de alimentos para a população mais vulnerável da capital acreana.
“Sempre falei que precisamos melhorar a oferta de alimento para as pessoas. Muitas famílias têm renda muito baixa, e isso afeta diretamente a alimentação. Por isso, temos trabalhado para ampliar o acesso a produtos alimentícios, com parcerias e investimentos em produção local, como no Polo Agroindustrial do Águia”, afirmou o chefe do Executivo.
Bocalom ressaltou ainda a construção de quatro novos restaurantes populares e a importância da implementação de uma indústria de leite de soja como estratégia para combater a desnutrição infantil. “Temos 710 crianças entre 0 e 7 anos com desnutrição acentuada. O leite de soja é uma alternativa viável e já ajudou outros municípios. Queremos ofertar esse alimento nos CRAS, unidades de saúde e escolas para melhorar a segurança alimentar das nossas crianças”, concluiu.