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POLÍTICA

Prefeitura de Rio Branco declara situação de emergência em Saúde pública devido ao avanço das doenças respiratórias na Capital

Prefeitura de Rio Branco declara situação de emergência em Saúde pública devido ao avanço das doenças respiratórias na Capital

A Prefeitura de Rio Branco decretou Situação de Emergência em Saúde Pública, diante do agravamento do cenário epidemiológico provocado pelo aumento expressivo de doenças respiratórias virais no município. A medida foi oficializada por meio do Decreto nº 2.300, assinado pelo prefeito Tião Bocalom, e publicado na edição desta sexta-feira, 11, do Diário Oficial do Estado (DOE).

Segundo dados da Vigilância em Saúde, até a 21ª semana epidemiológica de 2025 foram registrados mais de 18 mil atendimentos por doenças respiratórias e 499 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) — 42,1% dos casos em crianças menores de dois anos e 18% em idosos com mais de 60 anos.

O decreto cita a circulação simultânea de múltiplos vírus respiratórios, incluindo rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR), influenza A e B, adenovírus e SARS-CoV-2, com taxa de positividade de 51,3% nas amostras analisadas. Além disso, foram registrados 29 óbitos por SRAG, sendo 6 confirmados por COVID-19, com predominância entre pessoas com comorbidades.

A declaração de emergência autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais competentes, incluindo:

  • Ampliação do horário de funcionamento das unidades de saúde;
    • Contratação emergencial de profissionais;
    • Aquisição imediata de insumos e equipamentos;
    • Estabelecimento de parcerias com entes federais e estaduais;
    • Adoção de medidas preventivas e mitigadoras.

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O decreto também permite a contratação direta, sem licitação, de bens e serviços estritamente necessários ao enfrentamento da crise, com base na Lei Federal nº 14.133/2021 (nova Lei de Licitações), desde que o processo inclua justificativa técnica, análise de preços e documentos que comprovem a emergência.

Além disso, determina que as Secretarias Municipais de Planejamento e de Finanças adotem providências para abertura de crédito suplementar, garantindo suporte financeiro às ações de resposta.

O texto destaca que o atual cenário compromete a capacidade assistencial do sistema de saúde municipal, provocando sobrecarga nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais públicos e privados, e nas URAPs (Unidades de Referência em Atenção Primária), dificultando o acesso da população aos serviços de saúde.

Segundo o prefeito Tião Bocalom, “o momento exige ação rápida, coordenada e solidária, com foco na proteção da população mais vulnerável — crianças, idosos, gestantes, trabalhadores ao ar livre e pessoas com doenças crônicas preexistentes”.

O decreto terá vigência de 180 dias a partir da data de publicação. As medidas poderão ser revistas a qualquer momento, conforme a evolução do quadro epidemiológico e as recomendações do Ministério da Saúde e das autoridades sanitárias do município.