O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou na manhã desta quarta-feira, 6, em seu gabinete, o Decreto de Situação de Emergência em razão da seca severa e da estiagem prolongada que têm atingido o município ao longo de 2025. A medida busca viabilizar ações emergenciais, acesso a recursos e apoio humanitário, além de evitar o agravamento dos impactos causados pela crise climática.
Durante a assinatura do documento, o prefeito explicou que a estiagem já está em curso e pode se intensificar nos próximos meses. Segundo ele, o decreto é uma medida preventiva, pensada para proteger a população mais vulnerável e garantir agilidade na resposta a possíveis cenários críticos.
“Esse é um problema sério, e o decreto que a gente está assinando é para nos precavermos, pois sabemos que a seca já começou e pode piorar. Precisamos ter os instrumentos legais para agir rápido e garantir que a população não fique desassistida”, afirmou Bocalom.
O chefe do Executivo aproveitou para reforçar o apelo à população para não realizar queimadas urbanas, uma prática que agrava os problemas respiratórios e a poluição do ar, especialmente durante o período de estiagem.
“Quero pedir para que todos evitem colocar fogo em lixo nos quintais. A prefeitura está programada para fazer o recolhimento. As queimadas afetam diretamente a saúde de todos nós. Eu mesmo estou com a garganta inflamada e isso pode piorar com o tempo seco. Doenças respiratórias também matam. Vamos cuidar do nosso ar e da nossa cidade”, alertou o gestor.
Defesa Civil acompanha agravamento da seca há 20 dias
O coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, destacou que o decreto já era necessário, tendo em vista o monitoramento feito nas últimas semanas em bairros e comunidades rurais.
“Estamos há 20 dias realizando levantamentos em diversas áreas, junto com o Saerb e outras secretarias, e já estamos adotando medidas como abastecimento emergencial de água. A situação tem se agravado e não havia mais como adiar”, afirmou Falcão.
O coordenador lembrou que, em 2024, a decretação de emergência ocorreu ainda em junho, e que, neste ano, foi possível postergar um pouco, mas o cenário já exige intervenção. A falta de chuvas desde maio indica um quadro de estiagem severa, que deve se estender até outubro, com expectativa de regularização somente a partir de novembro.
O decreto tem validade de 180 dias e permitirá à Prefeitura elaborar planos de trabalho para acessar apoio do governo federal e de ministérios, visando a ampliação de ações de resposta e socorro.
“Recentemente finalizamos a entrega de 96 toneladas de alimentos a famílias da zona rural, referente ao decreto de estiagem de 2024. A operação deverá ser repetida este ano, com apoio do governo federal. Já temos mobilização com recursos próprios, mas o reconhecimento da emergência é fundamental para garantir novos auxílios”, explicou Falcão.
Medidas emergenciais previstas:
- Abastecimento emergencial de água em áreas rurais e urbanas;
• Reforço em campanhas contra queimadas e poluição do ar;
• Solicitação de apoio humanitário a ministérios;
• Elaboração de planos de ação para apoio a produtores rurais;
• Possível distribuição de alimentos e insumos, como em 2024.