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POLÍTICA

Prefeito Bocalom se reúne com setor imobiliário para discutir combate às queimadas urbanas na Capital: “Socorro, em nome da população de Rio Branco”

Prefeito Bocalom se reúne com setor imobiliário para discutir combate às queimadas urbanas na Capital: “Socorro, em nome da população de Rio Branco”

Diante do agravamento do período de estiagem e do aumento no número de queimadas urbanas em Rio Branco, o prefeito Tião Bocalom reuniu-se na manhã desta terça-feira (15), no auditório da Prefeitura, com representantes do setor imobiliário, donos de grandes áreas, loteamentos, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) e da Casa Civil. O encontro teve como objetivo alinhar estratégias para prevenção e combate às queimadas que afetam diretamente a saúde da população e a qualidade do ar na Capital acreana.

Segundo dados da Semeia, apenas no primeiro semestre de 2025 foram registradas 107 denúncias de queimadas em áreas urbanas. A expectativa, com a intensificação da seca até outubro, é que esse número triplique. Em 2024, a secretaria recebeu mais de 600 denúncias ao longo do ano.

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Bocalom fez um apelo aos empresários e proprietários de grandes áreas para que colaborem na prevenção das queimadas. Ele destacou os prejuízos à saúde pública causados pela fumaça e defendeu ações de educação ambiental em vez de medidas punitivas.

“Essa é uma época muito difícil para todos nós. É uma época onde se queima muito. No ano passado, tivemos cerca de 600 focos de incêndio, o que já foi uma redução significativa comparado aos 3.500 que tivemos antes da nossa gestão. Mesmo assim, a fumaça produzida em outras regiões, como o Amazonas, também chega até aqui, deixando o ar irrespirável. Tivemos casos de óbitos por pneumonia associados à fumaça. Por isso, convocamos essa reunião para pedir socorro, em nome da população de Rio Branco”, afirmou o prefeito.

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O chefe do Executivo ressaltou que o município tem apostado na conscientização, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Educação, como estratégia principal de enfrentamento ao problema. “Não acreditamos que a multa seja o caminho mais eficaz. A educação e o diálogo sempre foram nossa prioridade”, completou.

A secretária de Meio Ambiente, Flaviane Agustine, reforçou o papel das imobiliárias e dos grandes proprietários na prevenção. “Eles conhecem os lotes baldios e áreas não ocupadas que, se não forem limpas e cuidadas, se tornam potenciais focos de incêndio. Estamos aqui para sensibilizá-los quanto à responsabilidade que têm sobre essas áreas, seja direta ou solidária, como prevê nosso Código de Posturas”, explicou.

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Segundo Agustine, a fiscalização da Semeia já está em campo e atua com base nas denúncias. “A multa mínima aplicada por queimadas é de cerca de R$ 600, mas o valor pode ser multiplicado proporcionalmente à área queimada. Além disso, os proprietários notificados têm direito à defesa e podem apresentar provas de que o incêndio foi criminoso, como boletins de ocorrência”, completou.

Representando o setor imobiliário, o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Acre (CRECI-AC), Márcio Silva dos Santos, reconheceu a gravidade da situação e disse que o setor está disposto a colaborar. “É uma responsabilidade conjunta. Muitos desses incêndios ocorrem em vazios urbanos ou áreas de preservação permanente (APPs). Isso afeta o mercado imobiliário e, principalmente, a saúde da população. A maioria dos incêndios é intencional e precisa ser combatida com seriedade”, afirmou.

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