Segundo dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPT) do Banco Central (BC), as transações via Pix apresentaram uma queda significativa na primeira quinzena de janeiro, mas o volume de compras e transferências voltou a se aproximar da média histórica na terceira semana de janeiro.
De 16 a 27 deste mês, o número de transações realizadas pelo Pix totalizou R$ 1,923 bilhões, marcando uma alta de 0,24% em relação ao mesmo período de novembro. Porém, quando comparado com os primeiros dias de janeiro, o volume de transações caiu 13,4%, uma redução de 6,7% em relação ao mesmo período de novembro.
Se considerarmos o intervalo entre 1° e 14 de janeiro, a queda chega a 15,7% em relação a dezembro de 2022 e 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O impacto das notícias falsas foi sentido com força no início do mês, quando circularam boatos sobre uma possível taxação do Pix, além de informações equivocadas sobre a cobrança de impostos e a introdução de uma nova norma fiscal.
Essas desinformações geraram um clima de incerteza entre os consumidores e comerciantes, o que afetou diretamente a confiança nas transações via Pix. Como resultado, o governo foi forçado a revogar uma instrução normativa que havia sido introduzida no início de janeiro, modernizando a fiscalização do sistema de pagamentos, e cancelou uma medida provisória que causava apreensão no mercado.
A Receita Federal, por sua vez, esclareceu que a nova normativa não resultaria em cobrança de impostos adicionais sobre as transações realizadas via Pix, mas a propagação de fake news forçou o cancelamento das novas regras. Além disso, o governo também garantiu a manutenção da isenção de impostos para transações realizadas pelo sistema de pagamentos instantâneos e reforçou o sigilo bancário, princípios já protegidos pela Constituição.