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POLÍTICA

Pacheco condena ataque de Bolsonaro ao TSE para estrangeiros em Brasília

Pacheco condena ataque de Bolsonaro ao TSE para estrangeiros em Brasília

Depois dos  novos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral, políticos reagiram às declarações do titular do Palácio do Planalto. O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , afirmou que o Legislativo tem a “obrigação" de defender o resultado do pleito e que questões superadas “não admitem mais discussão”.

Já o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, pediu um 'basta à desinformação e ao populismo autoritário' .

Bolsonaro usou a reunião com embaixadores na tarde desta segunda-feira para, sem provas, fazer ataques às urnas eletrônicas e colocar em dúvida o resultado das eleições. Em seu discurso, o presidente voltou a fazer acusações infundadas e a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o TSE.

"Quando se fala em eleições, vem à nossa cabeça transparência. E o senhor Barroso (Luís Roberto Barroso, ex-presidente do TSE) , também como senhor Edson Fachin (presidente do TSE), começaram a andar pelo mundo me criticando, como se eu estivesse preparando um golpe. É exatamente o contrário o que está acontecendo", afirmou Bolsonaro.

“Uma democracia forte se faz com respeito ao contraditório e à divergência, independentemente do tema. Mas há obviedades e questões superadas, inclusive já assimiladas pela sociedade brasileira, que não mais admitem discussão”, afirmou Pacheco nas redes sociais.

Segundo ele, “a segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocadas em dúvida. Não há justa causa e razão para isso. Esses questionamentos são ruins para o Brasil sob todos os aspectos”.

Ainda em sua manifestação, o senador diz que “o Congresso Nacional, cuja composição foi eleita pelo atual e moderno sistema eleitoral, tem obrigação de afirmar à população que as urnas eletrônicas darão ao país o resultado fiel da vontade do povo, seja qual for”.

Para o pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro não está à altura do cargo que ocupa.

“É uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país. Emprego, desenvolvimento ou combate à fome, por exemplo. Ao invés disso, conta mentiras contra nossa democracia”, disse Lula também por meio de rede social.

A pré-candidata pelo MDB, Simone Tebet, acusou Bolsonaro de envergonhar o país perante a comunidade internacional.

“O Brasil passa vergonha diante do mundo. O presidente convocou embaixadores e utilizou de meios oficiais e públicos para desacreditar mais uma vez o sistema eleitoral brasileiro. Reforço minha confiança na Justiça Eleitoral e no sistema de votação por urnas eletrônicas”, escreveu a senadora.

Já Ciro Gomes, pré-candidato pelo PDT, disse que a fala de Bolsonaro foi “horrendo espetáculo” e que Bolsonaro “não pode ser mais presidente de uma das maiores democracia do mundo ou o Brasil não pode mais se dizer integrante do grupo de países democráticos”.

“Nunca, em toda história moderna, o presidente de um importante país democrático convocou o corpo diplomático para proferir ameaças contra a democracia e desfilar mentiras tentando atingir o Poder Judiciário e o sistema eleitoral”.

Ciro diz ainda que Bolsonaro “cometeu vários crimes de responsabilidade” e que é preciso “retirá-lo do cargo”.

“Sei que se trata de uma tarefa delicada porque temos uma figura como Arthur Lira na presidência da Câmara, a quem caberia dar andamento a um pedido de impeachment. Não há mais paciência política nem armadura institucional capazes de suportar tamanho abuso. Muito menos complacência de se interpretar organização clara e deliberada de golpe como arroubos retóricos ou desatinos de um presidente desqualificado”.

O senador Humberto Costa (PE), do PT, também se manifestou:

“Bolsonaro joga contra o Brasil. Ao convocar embaixadores de vários países para uma exposição recheada de mentiras contra o sistema eleitoral brasileiro, ele destrói a democracia do nosso país para o mundo. Esse genocida golpista não é e nunca será um patriota”.