A nova legislatura da Câmara de Rio Branco traz um cenário de oposição mais expressiva e organizada a gestão do prefeito Tião Bocalom (PP). Pelo menos seis vereadores se posicionam como uma força independente, disposta a questionar, fiscalizar e até contrariar ações do Executivo municipal.
O grupo, composto por Eber Machado (MDB), Fábio Araújo (MDB), Elzinha Mendonça (PP), Neném Almeida (MDB), André Kamai (PT) e Zé Lopes (Republicanos), não se enxerga como uma oposição radical, mas sim como uma alternativa à política convencional, buscando, acima de tudo, atuar de maneira autônoma, com foco nas necessidades da cidade.
O vereador Zé Lopes (Republicanos) ressaltou que a atuação do grupo será pautada pela escuta ativa da população. "A gente pretende atuar da seguinte forma: ouvindo a população e votando de acordo com aquilo que a gente acha mais importante para resolver os problemas da cidade. Então vai depender muito do prefeito, se o projeto for bom, se for para atender as necessidades da população — água, asfalto, creche, isso aí é o que a gente quer apoiar também", afirmou.
Lopes ainda destacou que, apesar da postura independente, o grupo não se fechará ao diálogo com o prefeito, especialmente quando as propostas forem positivas para a comunidade.
“Não existe a questão só da oposição, né? Se executar e atingir o trabalho, o Legislativo vai apoiar também. Uma Câmara Independente fortalece o trabalho do prefeito, propondo boas ideias. A gente trabalha para aprovar elas e ajuda o prefeito fiscalizando tudo aquilo que a cidade precisa. É isso que a população quer”, completou o vereador.
O início das sessões, marcado para a próxima terça-feira, 4, deve ser o ponto de partida para essa atuação mais robusta e combativa. O grupo de vereadores independentes já sinaliza sua intenção de fiscalizar com rigor áreas sensíveis como infraestrutura, saúde, educação e segurança pública.
Eles também prometem cobrar mais transparência e um diálogo mais próximo entre a gestão e a população, que, segundo os parlamentares, tem sido uma falha recorrente na atual administração.
Além disso, a manutenção de obras e a entrega de serviços essenciais à cidade são temas que devem gerar confronto entre a Câmara e o Executivo. A oposição deve se refletir em ações concretas como projetos de lei, requerimentos, pedidos de informações e, é claro, nas discussões sobre o orçamento municipal e as prioridades de investimentos.