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POLÍTICA

Oposição denuncia "péssima qualidade das escolas rurais" e líder do governo rebate: ‘para vocês não interessa mudar’

Oposição denuncia "péssima qualidade das escolas rurais" e líder do governo rebate: ‘para vocês não interessa mudar’

Os deputados estaduais não deixaram de comentar, nesta terça-feira (10), a respeito da situação do ensino rural do Acre, especificamente na Escola Rural do Limoeiro, no Bujari, mostrada pelo programa Fantástico, no último domingo, dia 8. Os estudantes utilizam um curral para estudar, sem a mínima estrutura.

O primeiro a falar sobre o assunto foi o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB). Ele disse que virou regra o abandono das escolas rurais do Acre. As denúncias vão de Marechal Thaumaturgo a Sena Madureira.

“Domingo o Acre e o Brasil assistiu a uma matéria no programa Fantástico tratando das condições de ensino rural como recorte para uma situação específica no município do Bujari, numa escola de responsabilidade do estado do Acre. Aquele recorte e aquela matéria, apressaram-se os apagadores de incêndio, os bombeiros do governo, de tentar passar uma ideia de que era uma exceção. Se tivermos o mínimo de honestidade política neste plenário, somos testemunhas neste semestre de falas da deputada Antônia Sales, do deputado Emerson Jarude, da deputada Michele, do presidente da Comissão de Educação, Gilberto Lira, de vários deputados, inclusive do nosso vice-líder do Eduardo Ribeiro. É regra o abandono que a Secretaria de Educação faz ao ensino rural do estado do Acre. Eu mesmo apresentei, no final do mês de maio, as aulas não tinham dado início por falta do transporte escolar e por falta de professores em Marechal Thaumaturgo. Do mesmo jeito acontece em Porto Walter, na zona rural de Cruzeiro do Sul, em Sena Madureira”, frisou o parlamentar.

A deputada Michelle Melo (PDT) seguiu a mesma linha. Ela aproveitou para criticar a gestão do governador Gladson Cameli. Disse que é uma administração que “não executa”.

“Não é uma exceção, essa é a regra das nossas escolas. E não é de um ano para cá. Desde 2023 chegam essas denúncias. Desde 2023 chegam as indicações na mesa do secretário e nada foi feito. Desde 2023 não deu para aproveitar nenhum verão para fazer a manutenção. É um Executivo que não executa. É um Executivo que não trabalha, que se preocupa mais em bater no peito e dizer que tem deputados. Esse é o secretário que está na Educação hoje”, pontua.

O líder do governo na Assembleia, deputado Manoel Moraes (PP), respondeu às críticas a Aberson Carvalho feitas pelos deputados Edvaldo Magalhães e Michelle Melo. Disse que a merenda escolar “está chegando e de qualidade”.

“O problema na Educação existe, mas não nesses termos que vocês falam que existem. Carona, já está dizendo carona, pode pegar do Acre, de onde quiser. Reclama sempre dessas videoaula. Qual atividade que não usa celular? O mundo está mudando. Para a oposição não interessa mudar. Todos os deputados são preparados. Quem tem tropa era aquele pessoal do seringal. O pior cego é aquele que não quer ver. Temos que tratar o assunto com seriedade”, defendeu, ao criticar a fala de Edvaldo, que chamou de ‘tropa’ a base do governo.

Já o deputado estadual Emerson Jarude abriu fogo contra o secretário de Estado de Governo, Luiz Calixto, que classificou a decisão da conselheira Dulcinéa Araújo como política. Jarude ironizou: “O governador Calixto foi muito infeliz na sua fala”.