Durante participação no podcast “Conversa Franca”, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre (Sinpol-AC), Rafael Diniz, declarou que a FOSP, formada por ( policias civis, militares, bombeiros militares e policiais penais) poderá realizar diversos manifestos durante a 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e as Florestas (GCF Task Force), caso o governo do Estado siga ignorando as pautas das forças de segurança pública. O evento internacional está marcado para começar no dia 19 de maio, em Rio Branco, e deve reunir chefes de Estado, governadores e autoridades de diversos países.
Segundo Diniz, a decisão dos operadores de segurança pública, de endurecer o movimento surgiu após esgotarem as tentativas de diálogo com o Poder Executivo. “A gente procurou sempre o caminho do diálogo. Fomos à Assembleia, nos reunimos com a base do governo e mantivemos o respeito institucional. Mas infelizmente, não houve resolução das nossas pautas”, afirmou.
O presidente do Sinpol-AC destacou que, apesar das pautas específicas de cada corporação, como a operação padrão da Polícia Civil, há duas demandas comuns a todas as forças de segurança do Estado — a recomposição salarial, e a modernização do banco de horas, proposta já apresentada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) pelo deputado Arlenilson Cunha.
Diniz denunciou ainda que, em todas as reuniões com o governo, a justificativa apresentada tem sido a Lei de Responsabilidade Fiscal, argumento que ele rebate. “Já demonstramos que nossas demandas não impactam de forma negativa na LRF. O que falta é vontade política para reconhecer a importância de quem garante a segurança da população”, criticou.
A união entre as categorias foi firmada através da criação de uma frente única dos operadores de segurança pública, com apoio de representantes da Associação dos Militares do Estado do Acre (AME), da Associação dos Praças da PM, do Sindicato dos Policiais Penais e da Associação dos Servidores Penitenciários. A aliança fortaleceu a mobilização e amplia o alcance das reivindicações.
Segundo o sindicalista, já há movimentações dentro do próprio governo como reflexo das mobilizações. “A gente já sabe que amanhã secretários do alto escalão vão se reunir com deputados da base. Não sabemos se para cobrar fidelidade ou para finalmente apresentar soluções.”
Por fim, Rafael Diniz alertou: se não houver resposta concreta do governador Gladson Cameli antes do dia 19, os policiais civis irão às ruas durante a abertura do GCF Task Force. “Vamos mostrar para o Brasil e para o mundo como o governo trata seus operadores de segurança. Não vamos mais aceitar o descaso.”