A pouco mais de 1 mês para as eleições, o governador Gladson Cameli (PP) quebrou o silêncio e falou a respeito da Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2021, que o coloca como chefe de uma organização que pode ter desviado R$ 800 milhões dos cofres públicos.
Em entrevista ao jornalista Luciano Tavares, no Papo Informal Eleições desta terça-feira (30), o governador acreano afirmou que é inocente e que provará sua inocência. Disse que todas as suas movimentações são declaradas à Receita Federal.
“A coisa que mais quero e que esse caso sirva de exemplo para muitos outros que acontecem. Não tem esse ditado: ‘quem não deve não teme?’ Eu não devo. Todas as minhas origens do que eu tenho, estão declaradas no meu imposto de renda. Eu estou sendo investigado. Eu, desde o dia que aconteceu até esta presente data, eu só tenho que te falar uma coisa: eu fui acusado, citado, em uma investigação que se vinha há muito tempo e supostamente eu seria um chefe de uma organização. E o que é essa organização criminosa, que eu fui estudar, fui entender. Essa palavra é muito pesada. O tempo é senhor da razão. Como um governador faz um desvio supostamente de R$ 800 milhões sozinho, que não tem um secretário, principalmente da Saúde? Desde o dia da operação até hoje, estou pronto, estou facilitando. A primeira coisa que eu fiz no dia da operação foi entregar meus dois celulares. Entreguei e dei as senhas. Eu confio mesmo, Luciano. Confio mesmo na Justiça”, declarou Cameli.