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POLÍTICA

“Não sou contra a saída do Centro Pop da área central da cidade, mas que tenha planejamento, diálogo e estrutura”, diz Samir Bestene

“Não sou contra a saída do Centro Pop da área central da cidade, mas que tenha planejamento, diálogo e estrutura”, diz Samir Bestene

O vereador Samir Bestene (PP) voltou a abordar a polêmica em torno da possível mudança de local do Centro Pop, serviço de acolhimento especializado para pessoas em situação de rua. Em discurso na tribuna da Câmara, na sessão desta terça-feira, 8, o parlamentar esclareceu sua posição, rebatendo críticas e mal-entendidos recentes sobre sua opinião.

“Não sou contra a saída do Centro Pop da área central da cidade, sou a favor, primeiramente, que o local cumpra sua função”, afirmou Bestene, frisando que sua principal preocupação é garantir que o serviço seja eficaz, independentemente da localização.

O vereador questionou a eficácia da simples mudança de endereço do espaço assistencial. “Será que essa mudança não aumentaria ainda mais o problema? Porque se for para o bairro Castelo Branco, com certeza esses moradores em situação de rua vão até o Centro Pop e podem retornar para o centro da cidade”, ponderou.

Bestene também destacou que não se trata de preconceito contra a população atendida, mas sim da necessidade de um planejamento mais amplo e estruturado. “Isso não é discriminação. A maioria das casas de apoio e centros de tratamento para dependentes químicos, por exemplo, estão localizados fora da região central”, disse.

Segundo o parlamentar, a real dificuldade do Centro Pop não está apenas na infraestrutura física, mas na carência de profissionais capacitados. “Estive conversando com alguns servidores e o que falta lá é material humano. Precisamos de psicólogos, assistentes sociais, profissionais capacitados para lidar com essa realidade.”

Durante o pronunciamento, Bestene ainda comentou sua participação em uma reunião com o Ministério Público, onde foi discutido o prazo de 90 dias para a realocação do serviço. Ele questionou por que não se cobra, com a mesma ênfase, mais investimentos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) estrutura essencial no cuidado de dependentes químicos e pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Por que a Assistência Social não faz parcerias com casas terapêuticas? A maioria das pessoas em situação de rua infelizmente tem problemas com dependência química. Apenas mudar o local pode gerar impacto negativo para os moradores do entorno, como Castelo Branco, Bela Vista, Palheirão e João Eduardo”, alertou.

Por fim, o vereador reiterou sua insatisfação com a forma como sua fala anterior foi interpretada. “Fiquei muito chateado com a nota que saiu. Sempre defendi que o comércio do centro está morrendo por falta de uma solução adequada para o Centro Pop, mas nunca fui contra uma possível mudança. O que quero é que essa mudança venha com planejamento, diálogo e estrutura”, concluiu o progressista.