Os deputados estaduais receberam os policiais penais provisórios, ameaçados de demissão. O encontro aconteceu no plenário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta-feira (17/9). Os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB), Emerson Jarude (Novo), Adailton Cruz (PSB), Afonso Fernandes (SD), Gene Diniz (Republicanos) e Fagner Calegário (Podemos) saíram em defesa da manutenção dos empregos.
Edvaldo Magalhães disse que a mesma solução que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) adotou para os servidores do Igesac poderia ser adotada para com esses profissionais da Segurança Pública.
“O destino deles está sendo decidido por quem tem CPF, endereço conhecido e ocupa o cargo de governador aqui no Palácio Rio Branco. O grande responsável é essa figura. Não existe um outro, é ele que pode decidir diferente. Pode criar uma regra de transição e resolver essa questão. Ora, como não? A mesma Procuradoria procurou uma solução para o Igesac quando disse aqui que não tinha jeito. Dois meses depois disse que tinha jeito sim”, afirmou o parlamentar.
Afonso Fernandes (SD) pediu uma reunião em que estejam presentes os servidores, a Casa Civil, a Sejusp, Iapen e PGE. “Estes são os atores, creio que nem precisa o governador está na mesa. O que precisa é esses atores do governo entenderem o que esses servidores estão passando”.
Já o deputado Emerson Jarude afirmou que a partir do dia 22, os servidores vão ser “simplesmente jogados na rua. Não vão ter porte de arma e como vão se defender, defender a sua família? Estamos diante de um grande problema social. E, não é porque os aprovados no concurso público estão sendo convocados que eles têm que irem para a rua. Porque se chamar todos àqueles que estão aptos ainda não é suficiente diante da necessidade do nosso sistema prisional”, destacou.
Adailton Cruz pontuou que sabe da “aflição”: “como eu gostaria de assinar, dar uma canetada e estar resolvido, mas isso, infelizmente, depende de outros. “O cenário de vocês é mais preocupante ainda porque envolve o crime, envolve facções, envolve marginais e pessoas sem escrúpulos”.
O republicano Gene Diniz afirmou que “sabe das dificuldades” e se colocou à disposição. “Hoje, a gente ver que vocês estão precisando novamente do governador. Infelizmente, eu não sei o que se passa na cabeça dele, mas vocês precisam de uma resposta: se sim ou se não ou uma alternativa viável para que vocês possam viver dignamente”.
Fagner Calegário foi o último a falar. “A gente precisa que venha alguém do governo com essa disposição para que a gente possa resolver. O que depender de nós para defender o emprego, o trabalho, estamos aqui para fazer. Reconhecemos que o Estado está faltando com vocês”.
Uma audiência pública deve acontecer amanhã, dia 18, a partir das 10 horas com os órgãos responsáveis para buscar uma solução. A decisão foi tomada pelo presidente da Aleac, em exercício, Eduardo Ribeiro (PSD).