A Frente Unida dos Servidores Públicos Civis e Militares do Acre anunciou que irá intensificar as mobilizações nas repartições públicas nas próximas semanas. O movimento sindical cobra do governo estadual a retomada das negociações suspensas desde julho deste ano.
Entre os pontos centrais da pauta estão:
. Reposição de 20,39% das perdas inflacionárias acumuladas
* Aumento do auxílio-alimentação para R$ 1.000
* Criação de um auxílio-saúde no mesmo valor, também destinado aos servidores aposentados
Na área da Educação, uma reunião realizada no mês passado com a Secretaria de Estado pactuou um reajuste de 3%, condicionado à saída do Acre do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O acordo prevê o pagamento em duas parcelas:
* 1,5% em novembro, com efeito retroativo a outubro
* 1,5% em janeiro de 2026
Na Saúde, o clima é de insatisfação. Trabalhadores rejeitaram a proposta de reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) apresentada pela Sesacre. A proposta contemplava apenas cerca de 100 servidores administrativos de nível superior, excluindo quase cinco mil profissionais da mesma escolaridade.
“Queremos um tratamento que respeite a isonomia da nossa categoria. Estamos há mais de 20 anos sem revisão do nosso PCCR”, reforçou Alesta Amancio.”, afirmou Alesta Amancio, presidente do Sindicato dos Profissionais Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Acre (SPATE/AC).
O Sindicato dos Técnicos em Gestão Pública e Gestores de Políticas Públicas do Acre (Sintegesp) também tentou avançar com uma proposta de alteração nos repasses constitucionais, protocolada na Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa (Aleac), mas sem sucesso.
LDO e ameaça de greve
As negociações ocorrem paralelamente à tramitação da nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, que projeta um orçamento de R$ 12,4 bilhões, representando um aumento de 8% em relação ao ano anterior.
A minuta do novo PCCR da Saúde ainda será analisada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE-AC) antes de ser encaminhada à Casa Civil, onde será debatida com os sindicatos da área.
Diante da falta de avanços, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) ameaça deflagrar uma greve geral na véspera da aplicação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).