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POLÍTICA

MEC institui novos critérios e diretrizes para os exames aplicados aos concluintes dos cursos de Medicina

MEC institui novos critérios e diretrizes para os exames aplicados aos concluintes dos cursos de Medicina

O Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), publicou portaria que institui oficialmente a Matriz de Referência Comum para a Avaliação da Formação Médica. A medida, que entra em vigor a partir de 1º de agosto deste ano, estabelece novos critérios e diretrizes para os exames aplicados aos concluintes dos cursos de Medicina em todo o país.

Segundo o Inep, o objetivo é unificar os parâmetros de avaliação, promovendo a coerência pedagógica e o alinhamento com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). A matriz será base para exames como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), com foco na qualidade da formação médica e nas competências exigidas para atuação profissional no Sistema Único de Saúde (SUS).

O que prevê a nova matriz?

A Matriz de Referência contempla conteúdos, habilidades e competências essenciais à prática médica, distribuídos nas áreas de:

  • Clínica Médica
    • Cirurgia Geral
    • Ginecologia e Obstetrícia
    • Pediatria
    • Medicina da Família e Comunidade
    • Saúde Mental
    • Saúde Coletiva

A avaliação será orientada por uma abordagem interdisciplinar e multiprofissional, centrada na resolução de problemas e na prática clínica baseada em evidências. Os exames também avaliarão conhecimentos teóricos, habilidades técnicas, raciocínio clínico, postura ética e capacidade de comunicação.

Perfil profissional exigido

A nova diretriz exige que os futuros médicos demonstrem, entre outras características, compromisso com a equidade no cuidado, respeito à diversidade, atuação ética e humanizada, além de formação crítica e reflexiva. Espera-se que os egressos estejam aptos a atuar em ambientes interprofissionais, com foco na atenção primária e na integralidade do cuidado.

A portaria ainda detalha as competências esperadas, como:

  • Diagnóstico clínico e propedêutica adequada
    • Elaboração e acompanhamento de planos terapêuticos
    • Interpretação de exames e procedimentos
    • Atuação em urgência e emergência
    • Comunicação efetiva e empática
    • Registro e documentação médica clara e segura
    • Planejamento de ações coletivas de saúde
    • Uso de tecnologias e medicina baseada em evidências

Os exames utilizarão situações-problema e casos clínicos baseados em cenários reais da rede pública de saúde, como Unidades Básicas de Saúde, maternidades, UPAs, ambulatórios e centros de reabilitação. Os conteúdos abrangem desde biologia molecular e fisiologia humana até saúde coletiva, vigilância sanitária, epidemiologia e políticas públicas de saúde.