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POLÍTICA

Márcio Bittar corrige valor de emenda destinada à Santa Casa e diz que não teme investigação: “que apure”

Márcio Bittar corrige valor de emenda destinada à Santa Casa e diz que não teme investigação: “que apure”

Senador também falou da tensão que teve com o então ministro Paulo Guedes, quando foi relator do Orçamento. Ele disse que chegou a se isolar por 10 dias diante da pressão sofrida.

Ao conceder entrevista ao jornalista Luciano Tavares, no podcast Papo Informal desta quinta-feira (21), o senador Marcio Bittar comentou a respeito de uma emenda dele encaminhada à Santa Casa da Amazônia. Inclusive, o Ministério Público Federal conseguiu na Justiça decisão para suspender a liberação do recurso por detectar possível fraude no uso de CNPJ.

“Luciano, você que é uma pessoa que eu admiro, me permita fazer uma correção: nunca foi R$ 126 milhões. Mas, você pode me perguntar: como é que inventaram isso? Não sei. Eu tenho emenda para a Santa Casa, tenho emenda para o Santa Juliana, tenho emenda para a Fundação Hospitalar, tenho emenda para Secretaria de Saúde de Rio Branco. Essa, por exemplo, agora mesmo foi liberado R$ 16 milhões de emenda minha. Na Fundação Hospitalar, na primeira liberação de emendas minha, foram R$ 15 milhões. O que eu coloquei na Sesacre, fora o da Fundação, já ultrapassou, R$ 30 a R$ 40 milhões”, disse o senador.

Ao falar sobre a Santa Casa da Amazônia, Bittar explicou: “se não me engano, foram R$ 15 milhões e a maior parte já foi liberado. Ninguém me acusou de nada, não. Que apure. Não tenho preocupação com isso, não. Nenhuma. Agora acho interessante como criam um número, nunca foi R$ 126 milhões. É só olhar no Orçamento. Claro que eu acho estranho. Acho que tem uma mão mais pesada para a direita, que para a esquerda. Agora, acho também que tem um preconceito ao Alex”, frisou.

Com relação a ele ter sido relator do Orçamento em 2021, Marcio Bittar disse que foi um momento tenso e depressivo, mas que teve o apoio de Jair Bolsonaro, que foi generoso com o Acre ao destinar recursos para o estado via emenda de relator.

“Eu seria um ingrato, se eu não lembrasse do Bolsonaro. Não só por isso, mas por isso também. Se não fosse ele, em momentos muito difíceis, eu passei momentos. Foram mais de dois anos na relatoria do Orçamento, que o próprio ministro Paulo Guedes (da Economia) queria zerar o meu orçamento. Foi um dos momentos muito difíceis. Tenso, foi imprensa nacional todo dia. Eu passei 10 dias sem falar com ninguém, eu olhava só no ‘zap’. E o ministro Paulo Guedes, que eu gosto e respeito, mas enfim, ele estava errado, mas computava a mim a criação de um número de R$ 30 bilhões, que nós teríamos feito uma manobra no Orçamento, que aquilo não teria sido combinado. Não é verdade, aquilo foi combinado”, revelou Bittar.