A partir de 1º de fevereiro, os brasileiros vão enfrentar um aumento no preço dos combustíveis, com o reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) anunciado pelo Governo Federal. O reajuste foi confirmado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e impactará diretamente o preço da gasolina, etanol, diesel e biodiesel em todo o país.
Segundo o anúncio, o ICMS sobre a gasolina e o etanol sofrerá um aumento de R$ 0,10 por litro, passando de R$ 1,37 para R$ 1,47, o que representa uma elevação de 7,1%. Já o diesel e o biodiesel terão um acréscimo de R$ 0,06 por litro, subindo de R$ 1,06 para R$ 1,12, o que corresponde a um aumento de 5,3%.
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Acre (Sindepac) já havia alertado sobre o reajuste do ICMS. De acordo com o presidente do Sindepac, Delano Lima, essa alteração pode afetar tanto os revendedores quanto os consumidores, embora o impacto final no preço só será claro quando as refinarias repassarem os ajustes para o mercado.
A alíquota do ICMS, que incide sobre os combustíveis, é unificada em todo o território nacional, o que significa que o reajuste afetará os preços de forma semelhante em todos os estados. Embora o aumento tenha sido anunciado oficialmente, a Petrobras ainda não se manifestou sobre possíveis mudanças nos preços dos combustíveis, o que deixa os revendedores e consumidores na expectativa.
O impacto do reajuste será sentido de imediato, afetando tanto os motoristas, que já enfrentam preços altos nos postos, quanto os setores que dependem de combustíveis, como o transporte de cargas e serviços. O Sindepac destacou que, para uma avaliação mais precisa do aumento nos preços para o consumidor final, é necessário aguardar a definição dos valores pelas refinarias, que são responsáveis por repassar os preços aos distribuidores e revendedores.
Com o reajuste do ICMS entrando em vigor em fevereiro, o cenário de preços elevados nos combustíveis tende a se agravar, o que preocupa tanto os empresários do setor quanto os consumidores, que já convivem com uma inflação impactada pelos custos dos derivados de petróleo. O governo, por sua vez, não informou se há previsão de novos reajustes no ICMS ou nas políticas fiscais que envolvem o setor.