A exoneração do esposo do prefeito de Feijó, Railson Ferreira, ocorrida ontem (10/11) repercutiu hoje (11/11) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). O primeiro a falar foi o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB). Ele criticou a exoneração e a chamou de ‘perseguição política’.
“O que fez de errado um prefeito que fez parte da agenda do seu partido, o Republicanos? Mas, a presença do prefeito no ato de seu partido mereceu debate público e exoneração imediata. Eu aprendi na vida que quando quem tem muita força e reage de força apressada, é porque tem alguma coisa errada no seu movimento da política. Você pega o esposo do prefeito, que foi para o ato de filiação do seu partido e retalia com a exoneração. Isso testemunha de que o Estado está utilizando dos cargos de confiança para fazer cooptação, de amarração e de opressão política, que quando contrariado, só tem um jeito de se vingar: com a exoneração”, disse Edvaldo.
Em outro trecho da fala dele, o parlamentar pontuou que os cargos de confiança são usados como “instrumento de pressão, opressão e adesão política”.
“Isso tem muito a ver com o debate da semana atrasada e da semana passada. Se cria cargos de forma desnecessária para fazer amarração política e não para modernizar a administração. Se exonera para fazer retaliação política. E a única coisa que não se faz é economizar, não nomeando, para ver se a gente tem folga fiscal e atende as reivindicações das categorias”, ressaltou.
O líder do governo, deputado Manoel Moraes (PP), rebateu. Disse que vai apurar o caso da demissão do esposo de Railson e que Alan Rick tem direito de ser candidato, porém o “governo está pronto para a guerra”.
“Essa maneira como foi feita, eu não concordo. Vou ver como foi feito isso. É um prefeito importante do município. Tem dado atenção para o governo quando vai lá. Tem procurado ajudar e não é desse jeito. Ele pode vir para convenção. Nós não estamos preocupados. Nós estamos prontos para a guerra. Quem quiser fazer convenção, faça. Não estamos preocupados com convenção de o partido A, B ou C. Nós do governo estamos preocupados com nossos candidatos. Essa filiação do Alan, que é uma pessoa amiga da gente. Ele está buscando o espaço dele, mas saber que estamos prontos para a eleição, prontos para fazermos os dois senadores”, disse Manoel Moraes.
Emerson Jarude (Novo) também debateu o assunto. Afirmou que “ficou claro o caráter político” da demissão.
“Trago a solidariedade não só minha, mas de todo o partido Novo diante do que aconteceu. Num primeiro momento, o governo disse que era uma reorganização da administração e quando o prefeito disse que era retaliação política, o tom mudou. Foi declarado pelo governo que o prefeito precisaria ter palavra e lado. Então, fica muito claro o caráter político de como foi tomada a decisão”, ressaltou.
