As denúncias de assédio moral contra o superintendente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTrans), Clendes Vilas Boas, ganharam um novo capítulo nesta quarta-feira, 13, Daniela Paiva, ex-servidora da gestão municipal, divulgou um vídeo nas redes sociais em que confirma ter passado por situações semelhantes às relatadas pela ex-funcionária e blogueira Marília Rodrigues, que depôs na Câmara de Vereadores.
No vídeo, Daniela afirma que o gestor prejudicou sua vida profissional e pessoal, além de perseguir familiares seus que são servidores concursados. “Esse cara prejudicou meu vínculo familiar, minha reputação na vida pública e no ambiente de trabalho. Ele destruiu meus sonhos”, declarou.
A ex-servidora relatou ainda que, por conta do desgaste e da falta de apoio da administração municipal, decidiu deixar Rio Branco e recomeçar a vida longe da capital. “O pior não é o assediador moral. O pior é a liderança que não para para ouvir a gente. Se fosse o governador Gladson Cameli, ele mandava ouvir e demitir, mas o Bocalom não faz isso. Eu registrei o assédio moral que sofri dentro do gabinete e ele disse que eu tinha que melhorar. Então, melhorei me afastando, saindo da cidade”, afirmou.
Daniela também acusou Clendes Vilas Boas de manipular situações políticas e administrativas, citando casos que teriam gerado conflitos com a comunidade onde vivia. Segundo ela, o prefeito Tião Bocalom teria escolhido ignorar suas denúncias e “dar ouvidos apenas para quem quer”. “Por isso abandonei o Bocalom. Na gestão dele, quem comete assédio moral não sofre consequência, porque o próprio prefeito não se importa”, concluiu.
O superintendente do RBTrans ressaltou que também irá processar a ex-servidora da gestão de Bocalom, assim como vereadores de oposição e a ex-funcionária do RBTrans. “Não tenho conhecimento do vídeo, mas vou ver e se tiver acusações caluniosas também será processada. A verdade tem que prevalecer”, disse Clendes.
As declarações de Daniela surgem em meio à repercussão do depoimento de Marília Rodrigues e à pressão de vereadores para que o superintendente da RBTrans seja afastado do cargo — medida já descartada publicamente pelo prefeito Tião Bocalom, que classificou parte das denúncias como “apócrifas”.