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POLÍTICA

Estados do Norte assinam termo de cooperação para fortalecer zona livre de febre aftosa sem vacinação

Estados do Norte assinam termo de cooperação para fortalecer zona livre de febre aftosa sem vacinação

Em uma ação conjunta para fortalecer a vigilância sanitária e garantir a manutenção do status sanitário conquistado, o governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e a Agência de Defesa Sanitária Agropastoril de Rondônia (Idaron), responsáveis por conduzir as ações de defesa sanitária em seus respectivos estados, assinaram, na tarde desta quinta-feira, 7, no auditório do Idaf, em Rio Branco, um termo de cooperação técnica com a presença do coordenador-geral de Planejamento em Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Geraldo Marcos de Moraes.

O objetivo é instituir um plano de contingência integrado para a proteção da zona livre de febre aftosa sem vacinação, recentemente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa).

O acordo prevê a adoção de estratégias conjuntas de monitoramento, fiscalização e resposta rápida a possíveis focos da doença nos territórios que compõem a tríplice fronteira entre os estados. Essa sintonia de entendimento e cooperação torna-se fundamental para o fortalecimento da região e para a manutenção do status sanitário como zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Termo prevê adoção de estratégias conjuntas de vigilância e fiscalização. Foto: Alice Leão/Secom

A iniciativa reforça o compromisso das agências estaduais com as diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), coordenado pelo Mapa, que tem como objetivo garantir a erradicação definitiva da doença em todo o território nacional.

O Acre recebeu o selo de reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação em 27 de maio de 2021, concedido pela Omsa. Desde então, o estado tem mantido ações contínuas de vigilância e educação sanitária em todo o seu território.

“Esse resultado expressivo é reflexo do trabalho do governo do Acre, do corpo técnico do Idaf, especialmente das ações realizadas em campo, que atuam de forma incansável para garantir a sanidade dos rebanhos e a segurança da produção agropecuária local. Esse é o caminho certo, e seguiremos trabalhando com responsabilidade, transparência e união para garantir que a agropecuária acreana continue crescendo de forma sustentável, segura e reconhecida mundialmente”, ressaltou presidente do Idaf, José Francisco Thum.

Durante a assinatura, o superintendente do Mapa no Acre, Paulo Trindade, enfatizou a importância do trabalho coletivo e dos investimentos necessários para a manutenção da zona livre de febre aftosa sem vacinação: “Um instituto bem-estruturado representa uma base sólida de apoio ao produtor rural, fortalecendo toda a cadeia produtiva e garantindo maior segurança sanitária no campo, especialmente diante do crescimento que o agronegócio vem registrando em nosso estado”, destacou.

Segundo o presidente da Idaron, Júlio César Peres, a cooperação entre os estados é fundamental para a manutenção do reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação na Região Norte. “Tivemos o desafio de manter o status sanitário como zona livre de febre aftosa no Bloco 1 e, com a entrada do Amazonas, o Norte continua em evidência. Seguimos com nosso trabalho de vigilância e detecção em todos os estados. Precisamos continuar com a troca de informações e o intercâmbio técnico, ou seja, com ações conjuntas e esforços integrados para bem representar nossa região”, observou.

A assinatura do termo se dá em um momento estratégico, após o reconhecimento internacional do Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Omsa em maio deste ano. O título abrirá novos mercados internacionais para a carne brasileira, uma vez que alguns países exigem esse status sanitário para importar o produto, segundo associações do setor.

Além de ampliar a credibilidade do país no mercado internacional de carnes, o novo status impõe a necessidade de um sistema de vigilância mais robusto e integrado entre os estados, especialmente nas regiões de fronteira, onde o risco de reintrodução do vírus é mais elevado.

“O Estado do Amazonas recebeu, no dia 29 de julho, o documento que chancela o status sanitário internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Isso representa um grande avanço. A assinatura desse termo nos traz mais segurança para os nossos rebanhos e reforça a necessidade de manter a vigilância ativa para evitar a entrada do vírus em nosso país. Além disso, é uma forma de demonstrar a outros países que estamos comprometidos com as orientações do Mapa, em parceria com as agências de defesa agropecuária”, afirmou o presidente da Adaf, José Augusto Omena.

Ao mencionar o termo de cooperação, Geraldo Marcos de Moraes destacou que o reconhecimento como zona livre de febre aftosa sem vacinação também pode representar redução de custos tanto para os produtores rurais quanto para os estados.

“Acompanhamos de perto todo o esforço dos estados, e nossa missão é garantir a certificação. A Região Norte é extremamente estratégica para o país. O Idaf e o Mapa vêm trabalhando juntos desde 2021 e, com o reconhecimento nacional em 2025 para outros estados, surgiu a necessidade de ampliar e reformular a configuração geográfica desse bloco. Estamos assumindo a responsabilidade de proteger um patrimônio sanitário que beneficia milhares de produtores e impulsiona a economia da nossa região”, afirmou.

Termo amplia credibilidade do país perante o mercado internacional de carnes. Foto Alice Leão/Idaf

Com a assinatura do termo, o Idaf, a Idaron e a Adaf se comprometem a manter ações coordenadas e a seguir protocolos unificados de prevenção, controle e comunicação em situações de emergência sanitária. O documento também prevê a realização de reuniões periódicas para avaliação dos resultados e revisão do plano de contingência, conforme a evolução do cenário sanitário.