Na sessão da Câmara Municipal realizada na quarta-feira, 18, o vereador Samir Bestene (PP) fez um desabafo ao utilizar a tribuna, criticando a condução da Tribuna Popular pelo presidente da Casa, vereador Joabe Lira (UB). O motivo da insatisfação foi a ausência de espaço para manifestação dos parlamentares após a fala do secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, convidado especial da sessão que tratou da importância da doação de sangue.
Segundo Bestene, a decisão do presidente da Câmara de não permitir a fala dos vereadores desrespeitou o Regimento Interno da Casa, que garante a todos os parlamentares o direito de se pronunciar por dois minutos após as explanações de convidados durante a Tribuna Popular.
"Gostaria que a Vossa Excelência, como presidente dessa Casa, pudesse cumprir o Regimento Interno. Ele é feito para garantir o nosso direito à voz, de expor o que temos a defender, a criticar e a elogiar", afirmou Samir, visivelmente incomodado. O progressista destacou ainda seu vínculo pessoal com o tema da sessão. “Essa pauta do Hemoacre é de muito meu interesse. Graças ao Hemoacre, hoje eu posso estar aqui, cumprindo meu papel de vereador”, declarou.
Em resposta, o presidente da Câmara, Joabe Lira, justificou que a decisão de suspender as falas dos vereadores foi uma estratégia para agilizar os trabalhos legislativos, devido às frequentes dificuldades em manter o quórum mínimo para a realização das sessões. “Os vereadores abriram mão da fala para dar celeridade à sessão. Ontem mesmo a sessão foi suspensa. Às vezes é necessário conduzir dessa forma para que possamos concluir os trabalhos”, explicou.
No entanto, Samir rebateu a justificativa e reforçou que a norma deve se sobrepor a acordos pontuais. “Esta Casa não tem acordo. Esta Casa tem Regimento Interno, e ele é feito para ser cumprido”, enfatizou.