Uma das principais vozes do oposição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), falou sobre os desafios que serão enfrentados na Legislatura nos próximos dois anos, além de tecer críticas à gestão do governador Gladson Cameli. As declarações foram feitas durante a posse da nova Mesa Diretora do Legislativo estadual para o biênio 2025/2026, na manhã deste sábado, 1° de fevereiro.
"A expectativa é de um ano de muitos debates e que precisa também ser um ano de muita produção. O fato de não ser um ano eleitoral nos permite acolher diversas reivindicações da sociedade, transformando o plenário da Assembleia em um espaço para discutir os interesses imediatos e as necessidades do povo acreano", disse o deputado, reforçando que a oposição será uma voz ativa em prol da comunidade.
No entanto, o tom de crítica à gestão de Gladson Cameli foi clara, principalmente ao abordar o que considera um governo com "poucas entregas". Para Magalhães, o ano de 2025 será marcado por promessas e ações de última hora, já que é o último ano do atual mandato do governador. "É o último ano de um governo com poucas entregas. Será o último ano de muitas promessas em um único verão", afirmou o parlamentar, sugerindo que o governador, ao se afastar para uma possível candidatura ao Senado, poderá tentar "empurrar" para o fim do mandato uma série de compromissos não cumpridos.
O deputado ainda questionou o futuro político de Gladson Cameli, destacando que, se a Operação Ptolomeu, que investiga ações da gestão estadual, não interferir no andamento de sua administração, o governador deve se afastar para disputar uma cadeira no Senado em 2026. "Quando virar o ano, ele já vai se afastar para ser candidato ao Senado, isso em condições normais, se a Operação Ptolomeu não encurtar o mandato dele", destacou Magalhães, levantando dúvidas sobre a viabilidade da candidatura de Cameli, caso as investigações em curso afetem sua permanência no cargo.