O vereador Eber Machado (MDB) usou a tribuna da Câmara de Rio Branco, nesta terça-feira, 9, para acusar a Prefeitura de omissão. Ele criticou desde as condições de trabalho enfrentadas por produtores rurais até o que classificou como gastos excessivos com iluminação decorativa de Natal.
O emedebista afirmou que o prefeito Bocalom “se elegeu dizendo que faria um segundo mandato melhor do que o primeiro”, mas que, na prática, “enganou os produtores e a população”.
Um dos pontos centrais da fala foi a denúncia sobre as condições enfrentadas pelos produtores rurais em uma unidade de atendimento. Eber classificou o local como “uma senzala, uma escravidão”, afirmando que há um ano e meio os trabalhadores aguardam soluções prometidas pelo Executivo.
Segundo o vereador, durante a chuva desta segunda-feira, a situação se agravou a ponto de produtores pedirem “até uma canoa” para conseguir se deslocar. O parlamentar criticou o fato de o prefeito afirmar que é produtor rural, mas, segundo ele, não demonstrar compromisso com a categoria.
Machado também criticou a agenda do prefeito no mesmo dia em que produtores enfrentavam dificuldades. Ele relatou que o gestor estava “num caminhão instalando um poste” enquanto a população sofria. Para o vereador, isso revela prioridades equivocadas e o que classificou como uma gestão “baseada na mentira”.
Outro ponto de destaque no discurso foi o anúncio da decoração de luzes na Praça da Paz de Castro, popularmente chamada de “pisca-pisca”. O vereador afirmou que o investimento anunciado chega a quase R$ 8 milhões, valor que, segundo ele, contrasta com a situação crítica em áreas essenciais da cidade.
Eber lembrou ainda que, em julho, o prefeito publicou decreto estabelecendo limites e condições de despesa, mas, apesar disso, “os créditos suplementares já somam quase R$ 15 milhões”, indicando gastos acima do previsto.
O parlamentar ironizou o uso dos recursos: “Será que os pisca-pisca vão tapar os buracos das ruas? Vão acabar com a falta de medicamentos nas unidades de saúde? Vão levar água para a casa dos rio-branquenses?”
Ele destacou que faltam medicamentos em postos desde janeiro e que muitos bairros enfrentam escassez de água, enquanto milhões são aplicados na iluminação temporária. Segundo ele, as luzes “vão apagar no dia 1º de janeiro”, e questionou: “para onde foi esse dinheiro?”, questionou.
