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POLÍTICA

Dom Joaquín Pertínez levanta do trono e chama atenção das autoridades para a causa dos haitianos

Dom Joaquín Pertínez levanta do trono e chama atenção das autoridades para a causa dos haitianos

Líder católico defendeu levá-los ao Haiti em aviões da Força Aérea Brasileira

O bispo da Diocese de Rio Branco, Dom Joaquín Pertínez, comentou a respeito da crise migratória que vive o município de Assis Brasil, com centenas de haitianos e pessoas de outras nacionalidades que pretendem deixar o Brasil usando a fronteira com o Peru. O sacerdote católico foi prático na resolução do problema.

Pertínez disse que o Brasil poderia levá-los ao país de origem, ou seja o Haiti, usando para isso os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele acredita que esta é a solução mais pragmática a ser adotada uma vez que o Peru não cede para a abertura das fronteiras.

“O Brasil não poderia devolver os haitianos ao seu país de origem, via aérea, usando os aviões da FAB, caso ser necessário, sendo que o Peru não abrirá sua fronteira? Os haitianos com seu trabalho já deram sua contribuição ao Brasil. Por que o Brasil não retribui agora, de alguma forma, sua contribuição ao desenvolvimento do país? A antecipação de atos que comprometam a ordem social, inclusive a segurança dos migrantes, exige que se adotem medidas que evitem algum conflito, humano e social”, disse o bispo da Capital acreana.

Ainda de acordo com a autoridade religiosa, em seu comunicado, o apelo é feito não apenas ao governo brasileiro, mas também aos “organismos internacionais para que solucionem esta crise humanitária, que vai contra todos os direitos humanos”. E acrescenta: “São pessoas, irmãos nossos, em situação de grande vulnerabilidade em todos os sentidos”.

Joaquín Pertínez faz uma indagação reflexiva sobre o fato que envolve além de homens, crianças, mulheres e até idosos. Assis Brasil é o município acreano que recebeu menos doses da vacina anticovid, apesar de ser o mais atingido pela covid-19, proporcionalmente.

“Até a presente data, dia 06 de março [sábado], reuniões com juízes, advogados do governo, organismos ligados à ONU, Defensoria Pública e outros..., não resolveram a situação. A cada dia, sendo Assis Brasil o município acreano com maior índice de contágios de Covid, vários migrantes já adoeceram e outros fugiram. Portanto, esperar até quando...?”.