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POLÍTICA

Deputados miram fogo contra gestão de Pedro Pascoal, que balança no cargo após mortes em Feijó e Cruzeiro do Sul

Deputados miram fogo contra gestão de Pedro Pascoal, que balança no cargo após mortes em Feijó e Cruzeiro do Sul

Os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB), Fagner Calegário e Michelle Melo (PDT) abriram fogo contra o que vem ocorrendo no Acre, a morte de pacientes em unidades de Saúde do Estado. Os dois casos citados, da criança Diogo Albuquerque, de 12 anos, em Feijó, e da dona de casa Ana Clécia, de 39 anos, na Maternidade de Cruzeiro do Sul, repercutiram na sessão desta quarta-feira (21).

Edvaldo Magalhães disse que não se pode normalizar esses acontecimentos. Ele pediu a presença do Ministério Público do Acre para que explique as ações adotadas de fiscalização destas unidades.

“Isso numa diferença de menos de 8 dias. Um episódio em Feijó e outro em Cruzeiro. Nós sabemos que a crise está escalonando. Que isso não é normal e nem podemos normalizar isso. ‘Ah, agora querem politizar’. Nada disso. A única coisa que se quer é não normalizar isso. O que nós vamos fazer? Eu queria pedir, presidente, um favor. Essa Casa aqui tem uma relação muito boa com os poderes, que o senhor ligasse para o chefe do MPAC, Danilo Lovisaro, que ele venha a essa Casa para fazermos uma conversa olho no olho. Não quero chamar o secretário de Saúde. Ou as instituições de controle vão para cima, ou novos óbitos vamos assistir. Mães choraram seus filhos e mães morreram, à míngua, sem a devida assistência. É isso que está acontecendo no estado do Acre”, pediu Edvaldo.

Fagner Calegário, da bancada dos independentes, disse que os casos de Feijó e de Cruzeiro do Sul não são isolados. Ele citou nomes de mulheres grávidas que perderam a vida em Manoel Urbano.

“Não podemos deixar que esses sejam considerados isolados. Eu faço vênia ao requerimento oral de vossa excelência. Não podemos normalizar, fazer de conta. Nós precisamos, sim, saber o que está acontecendo na Sesacre”, disse Calegário.

Michelle Melo (PDT) foi mais adiante. Disse que é inaceitável que em 2025 ainda morram pessoas acometidas por sepse por um corte ocasionado por uma bicicleta.

“Como nós não esperávamos que me pleno 2025 morresse de sepse por um corte de bicicleta. Eu sou médica, eu tenho total ciência que essa morte era evitável. Não era necessária essa criança morrer. Da mesma a grávida que o deputado Edvaldo trouxe. Nós temos um problema na saúde pública, mas que o governo insiste em dizer que cuida das pessoas e o que falamos é mera oposição. Não é mera oposição, tem pessoas morrendo. Ou vocês não lembram os casos de pessoas que morreram em Cruzeiro do Sul por dengue? Nós vemos que a concentração de esforços é com questões políticas desnecessárias. Não podemos aceitar que esses óbitos estejam escancarados”, protestou.