Deputados comentam declaração de médico de Cruzeiro do Sul sobre “decidir quem vai ter chance e quem não vai”

Os deputados estaduais comentaram as declarações do médico Rodney Brito, que trabalha diretamente no atendimento de pacientes com covid-19 no Hospital de Campanha do Juruá. De acordo com o médico, a situação é caótica e está numa fase de ser necessário decidir “quem tem chances” e quem não tem. As declarações foram dadas à repórter Sandra Assunção nesta quarta-feira (3).

O deputado Edvaldo Magalhães disse que o sistema público de Saúde não pode esconder essas informações da sociedade. “A transparência é uma forma de inclusive fazer com que a população se choque e pare com essa pressão boba de aberturas e mais aberturas, enquanto a fila da morte só aumenta. Nós estamos entrando na fase mais crítica”, disse o parlamentar.

O deputado comunista lembra que março será um mês difícil, segundo os especialistas dos grandes institutos e médicos ligados ao enfrentamento à pandemia. “Não temos nenhuma chance se não for por duras medidas, mesma que contrarie os negacionistas. É preciso dureza para salvar a vida da nossa comunidade”.

Já o deputado Antônio Pedro (DEM) acrescentou que as declarações de Brito são preocupantes. “A gente não sabe quanto tempo esse vírus vai permanecer. É muito preocupante”, lamentou.

A emedebista Antonia Sales defendeu uma campanha publicitária mais dura para convencer a população que é preciso se resguardar do vírus. Ela lamentou que Cruzeiro do Sul tenha se tornado uma nova Manaus nesta pandemia.

“É preciso mostrar a verdade para população, para que tomem suas responsabilidade. Eu acho que está na hora de fazer como fizeram um tempo atrás. Antes de proibir o fumo, mostrando o estrago que o fumo fazia, causadora de muitas mortes. Está na hora de mostrar esse filme de terror. Parece que estamos vivendo no holocausto no tempo de Hitler. Mal termina de morrer, já tem ceder essa vaga para quem estar na fila, três, quatro...Há 20 dias atrás, eu disse que iria entrar num colapso e que Cruzeiro do Sul iria se converter em uma Manaus. Eu fui criticada pelos meios de comunicação ligados ao governo”, lembrou Antonia Sales.