Durante participação no podcast Papo Informal, apresentado pelo jornalista Luciano Tavares, nesta quinta-feira, 30, o deputado federal Coronel Ulysses (UB) afirmou que, durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre, comandados por Jorge e Tião Viana, empresas eram chantageadas e pressionadas a pagar propina para receber pagamentos de contratos com o Estado.
Segundo o parlamentar, a empresa VIP Segurança Privada, de propriedade de sua esposa, Diana Menezes, teria sido uma das vítimas desse esquema.
“A empresa foi chantageada. Estava com seis meses sem receber os recursos do governo, mais de três milhões e meio. Se não fizesse a reunião, não receberia. Era assim que funcionava. Se você não apoiasse, não recebia”, afirmou Ulysses.
O deputado declarou ainda que, na época, foi convocada uma reunião política na sede da empresa, sem sua participação, em apoio à reeleição do então governador Tião Viana (PT). Segundo ele, o encontro teria sido motivado pela pressão de membros do governo estadual.
“Eu não sou dono da VIP. A proprietária é minha esposa, Diana Menezes. Ela é responsável administrativa e financeira. Houve a decisão de apoiar simplesmente porque a empresa foi chantageada. Não havia outra saída”, explicou.
Ulysses também disse que, diferentemente dos governos petistas, as gestões de Tião Bocalom (prefeito de Rio Branco) e Gladson Cameli (governador do Acre) “nunca pediram propina”.
“Quero fazer um elogio ao Bocalom e ao Gladson. São governos que nunca foram na empresa pedir propina, nunca chantagearam. Esse tipo de situação acontecia no governo do PT, e não apenas com a VIP, mas com várias empresas”, declarou.
Durante a entrevista, o parlamentar negou ter sido aliado político do PT ou ter apoiado candidatos do partido.
“Nunca fui filiado ao PT, nunca votei em candidato do PT, nunca fiz campanha para o PT. Trabalhei como oficial da Polícia Militar, que é um cargo de Estado, não de governo. Quando fui convidado para atuar na segurança do Jorge Viana, nem o conhecia. Depois de dois anos, pedi para sair porque vi o que era o PT”, afirmou.
