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POLÍTICA

Com receio de gerar mal-estar com o agronegócio amanhã, parte dos deputados desiste de votar favorável à Moção em solidariedade à Marina

Com receio de gerar mal-estar com o agronegócio amanhã, parte dos deputados desiste de votar favorável à Moção em solidariedade à Marina

Um fato inusitado aconteceu na sessão da última quarta-feira (9) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Os 20 parlamentares que estavam presentes à sessão votaram favoráveis a uma Moção de Solidariedade à ministra Marina Silva, atacada por discursos de ódio e misoginia na Comissão de Infraestrutura do Senado, em maio deste ano. A moção foi apresentada pelo deputado Edvaldo Magalhães.

Mas, até aí tudo. Porém, quase no encerramento dos trabalhos legislativos, o deputado estadual do MDB, Tanízio Sá, autor do requerimento que cria a Frente Parlamentar contra os Embargos do Agro, suscitou uma questão de ordem à Mesa Diretora, pedindo a retificação do voto, alegando não ter ‘prestado atenção’ no momento da votação.

O deputado Edvaldo Magalhães defendeu o cumprimento do regimento. Os parlamentares contrários à Moção pediam uma nova votação. Mas, o presidente Nicolau Júnior preferiu que os parlamentares retificassem os votos.

“Queria consultar ao plenário se eu poderia votar contra. Estava conversando com os meninos aqui e não vi na hora. Quero votar contra, tá? Nova votação? Retificar? Meu voto é contra”, disse Tanízio.

“É verdade que há uma disposição regimental, emnora a sessão não tenha sido enecerada. Me parece que houve uma falha coletiva nossa, as matérias estavam indo repetitivas, e não se prestou à essa moção. Tudo que é aprovado deve refletir a vontade do parlamento. Não dá para ter uma moção aprovada cuja a maioria seja contrária. Há uma dúvida se essa moção de fato conta com o apoio do parlamento. O meu não tem”, disse Pedro Longo.

“Eu não gosto de forçar a barra em absolutamente nada. Eu espero que a Mesa cumpra, literalmente, o que estabelece o regimento. Se for para abrir precedentes a gente abre, em várias outras coisas”, disse Edvaldo Magalhães.

Os votos contrários foram dos deputados: Tanízio, Pedro Longo, Arlenilson Cunha, Eduardo Ribeiro, Gene Diniz, Gilberto Lira, Whendy Lima, Maria Antônia e Chico Viga.