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POLÍTICA

Caso Arthur Gabriel: mãe cobra agilidade no TFD para tratamento de saúde do filho e denuncia falta de apoio do poder público: “Sozinha, eu não consigo”

Caso Arthur Gabriel: mãe cobra agilidade no TFD para tratamento de saúde do filho e denuncia falta de apoio do poder público: “Sozinha, eu não consigo”

A dona de casa Maria Adriana, mãe do pequeno Arthur Gabriel Oliveira de Assis, voltou a pedir providências urgentes das autoridades de saúde para garantir o tratamento especializado do filho fora do estado. O caso, já divulgado pelo site Notícias da Hora, expõe a demora na liberação do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e a angústia da família diante da gravidade do quadro clínico da criança.

Segundo a mãe, Arthur esteve em Manaus por cerca de três meses, mas recebeu a informação de que não há mais possibilidades de tratamento no estado. “Eu cheguei quase no final de setembro, outubro, novembro, dezembro vai fazer três meses que eu cheguei. Em Manaus falaram que não tem mais o que fazer pelo Arthur, que lá não tem tratamento para ele”, relatou Maria Adriana, emocionada.

Arthur Gabriel possui um histórico médico complexo. Conforme laudos médicos, a criança é acompanhada no ambulatório de Neurologia Infantil, com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), sem deficiência cognitiva ou prejuízo da linguagem funcional, além de hipoparatireoidismo congênito, malformações congênitas, transtorno de condução, perda auditiva moderada bilateral e malformações da traqueia e dos brônquios. O quadro inclui estenose traqueal grave, que já levou a tentativas frustradas de intubação e à realização de uma traqueostomia de urgência.

A mãe também relatou a falta de respostas quanto ao encaminhamento do TFD, necessário para que Arthur seja avaliado por especialistas em centros de referência, possivelmente em São Paulo. “Eu quero saber por que está demorando esse TFD. A gente mora em Rio Branco, o SUS é difícil. Eu olho para um lado e não tenho apoio de nada”, desabafou, acrescentando que não tem condições financeiras de custear o tratamento por conta própria.

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Durante o atendimento, uma servidora de outro estado também questionou a situação do processo, ressaltando a necessidade de avaliações especializadas para definir a conduta adequada diante da estenose traqueal. Segundo ela, essas análises são fundamentais para compreender a evolução do quadro e indicar os próximos passos do tratamento.

Os documentos médicos apontam ainda a necessidade de acompanhamento contínuo e multidisciplinar, incluindo terapias como psicologia com abordagem ABA, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional, além de suporte educacional especializado. Apesar disso, a família segue aguardando uma definição concreta sobre o TFD.

Adriana faz um apelo público para que os órgãos responsáveis deem celeridade ao processo e garantam o direito do filho ao tratamento adequado. “O que eu quero é que meu filho tenha a chance de fazer o tratamento que precisa. Sozinha, eu não consigo”, afirmou.

Até o momento, a família segue à espera de uma resposta oficial das autoridades de Saúde responsáveis pelo encaminhamento do TFD.