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POLÍTICA

Câmara de Rio Branco vive sob gestão atrapalhada e mantém estigma de “puxadinho da Prefeitura”

Câmara de Rio Branco vive sob gestão atrapalhada e mantém estigma de “puxadinho da Prefeitura”

“Política não é a arte do possível, mas a arte de tornar possível o necessário.” A célebre frase dita no meio político, parece não ecoar nos corredores da Câmara Municipal de Rio Branco, onde a nova mesa diretora, empossada há menos de um ano, ainda não mostrou a que veio.

Sob a presidência do vereador Joabe Lira (UB), a expectativa era de uma revolução no parlamento mirim. Porém, o que se vê é uma gestão atrapalhada, com mais improviso do que planejamento. O estigma de “puxadinho da Prefeitura” continua assombrando a Casa Legislativa, como um fantasma que insiste em se sentar à mesa de cada sessão.

Joabe Lira, que outrora foi secretário do prefeito Tião Bocalom, parece carregar no semblante certo cansaço, quase como quem se pergunta: “O que estou fazendo aqui?”. Na sombra da função anterior, menos cobrada pelo povo, a cadeira de presidente lhe cobra agora um peso maior: a responsabilidade de liderar o Poder Legislativo.

O vice-presidente, Leôncio Castro (PSDB), que tanto lutou para conquistar uma vaga na Casa do Povo, corre o risco de não deixar marcas em seu primeiro mandato. Em contrapartida, Antônio Morais (PL), decano da Câmara, já no quarto mandato, mostra que experiência é a verdadeira escola do poder. Felipe Tchê (PP), por sua vez, precisa revelar a veia política herdada do pai e provar que não ocupa o cargo apenas por tradição familiar.

As sessões, muitas vezes, são marcadas por atrasos, falta de quórum e uma profusão de moções de aplauso que ofuscam os debates relevantes para a cidade. “Quando a política se perde em cerimônias, o povo se perde em esperanças”. E é exatamente isso que tem ocorrido: a sociedade observa, frustrada, um parlamento mais preocupado com o ritual do que com a essência.

A mesa diretora, composta por Joabe Lira (presidente), Leôncio Castro (vice-presidente), Felipe Tchê (1º secretário), Antônio Morais (2º secretário) e Lucilene Vale (suplente), tem em mãos a tarefa de conduzir a Câmara de Rio Branco durante o biênio 2025/2026. O desafio, porém, vai além de gerir: é preciso resgatar a credibilidade de um parlamento que deveria ser o espaço maior da democracia.