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POLÍTICA

"Bocalom não tem base nesta Casa", diz Eber Machado em discurso inflamado na Câmara e aconselhar novo líder do prefeito: “Cuidado! Ele não tem coração”

"Bocalom não tem base nesta Casa", diz Eber Machado em discurso inflamado na Câmara e aconselhar novo líder do prefeito: “Cuidado! Ele não tem coração”

Em um discurso inflamado na sessão desta quinta-feira, 3, na Câmara de Rio Branco , Eber Machado (MDB) acusou o prefeito Tião Bocalom (PL) de ingratidão, autoritarismo e perseguição política, afirmando que o chefe do Executivo está isolado politicamente no Legislativo municipal.

“O prefeito Bocalom não tem base nesta Casa. Anotem o que estou dizendo. Quem tem base aqui é o governador Gladson Cameli, foi ele quem elegeu o prefeito. E não se assustem se, na próxima semana, tivermos as duas assinaturas que faltam para abrir uma CPI nesta Câmara”, declarou Machado, referindo-se a uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito contra a gestão municipal.

O vereador ainda fez um apelo direto ao novo líder do prefeito na Câmara, o vereador Márcio Mustafa (PSDB), recém-nomeado para a função.

“Isso é um conselho de alguém que lhe admira: cuidado. Ele [Bocalom] não tem coração. O que fizeram com o Jonathan foi uma maldade. Ele foi leal e foi descartado. Foi como em uma briga de galo: o prefeito deu o 'tuque' e derrubou o aliado”, disse, em referência ao ex-secretário Jonathan Santiago, exonerado recentemente em meio a polêmicas internas.

Machado também criticou a influência da primeira-dama, Kelen Bocalom, afirmando que ela tem atuado de forma paralela à estrutura administrativa do município. “Não procurem mais os secretários. Quem resolve tudo agora é a primeira-dama. Tudo tem que passar por ela. Ela é a senha para atender as demandas dos bairros. Isso é gravíssimo”, denunciou.

Segundo o vereador, a gestão municipal tem se mostrado fraca, incoerente e marcada por promessas não cumpridas. Ele também acusou a presidência da Câmara de tentar silenciar as críticas ao Executivo: “O presidente quase não me deixou falar. Mas não vão me calar. Só me calarão se tomarem meu mandato”, afirmou, exaltado. O parlamentar ainda ironizou uma possível candidatura de Bocalom ao governo do Estado. “Se for macho mesmo, venha ser candidato a governador. Vamos ver se tem coragem”, provocou.