O mais novo integrante do PL, o Partido Liberal, senador Márcio Bittar (AC) não acha contraditório cobrar integridade de seus opositores da esquerda, apesar de ter se filiado a uma agremiação cujo presidente é o deputado federal Valdemar Costa Neto, que, em 2013, foi condenado a sete anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, deflagrado em 2005. Na época, o político foi acusado como um dos artífices da montagem do esquema para compra de apoio no primeiro mandato de Lula.
Valdemar Costa Neto foi recolhido ao Complexo da Papuda, no Distrito Federal. Em 2014, foi autorizado a cumprir em casa o restante da pena e, depois, foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica. Cumpriu parte da pena até o mesmo ano, dois anos depois, o STF declarou extinta a punibilidade por aqueles crimes.
Ao ser indagado sobre uma eventual contradição, Bittar respondeu: “Nós da direita somos exigidos para ser santo, né. Tem ser santo, pai santo, todo mundo santo. Você não exige isso da esquerda, mas de mim exige. Por esse critério o PT tinha que ser eliminado, literalmente”.