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POLÍTICA

Banco Central anuncia MED 2.0, nova ferramenta para ampliar devolução de valores em fraudes com PIX

Banco Central anuncia MED 2.0, nova ferramenta para ampliar devolução de valores em fraudes com PIX

O Banco Central prepara o lançamento da versão 2.0 do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado para facilitar a recuperação de valores enviados por PIX em casos de golpe. A nova funcionalidade, que será lançada em fevereiro de 2026, promete ampliar o rastreamento e bloqueio de recursos, inclusive em contas que recebem valores de forma indireta, dificultando a ação de criminosos.

Com o aprimoramento, será possível seguir o rastro do dinheiro por até cinco transferências após o golpe, aumentando as chances de recuperação para as vítimas e combatendo a chamada triangulação financeira, usada por estelionatários para ocultar o destino final dos valores.
Segundo o Banco Central, a expectativa é de que o MED 2.0 fortaleça a segurança das operações via PIX, desestimule crimes e ofereça uma resposta mais eficiente às vítimas.

Como funciona o MED

Atualmente, o MED permite bloquear apenas a primeira conta que recebeu o valor via PIX. Com o MED 2.0, o sistema passará a rastrear até cinco contas subsequentes envolvidas na cadeia de transferências, mesmo após o golpe ter ocorrido.

O processo funciona assim:
1. A vítima aciona sua instituição financeira para relatar o golpe;
2. O banco analisa o caso e, se aplicável, bloqueia os valores na conta do recebedor;
3. Em até sete dias úteis, a análise é concluída:
• Se não houver fraude, o valor é liberado ao recebedor;
• Se confirmada a fraude, a vítima recebe de volta o valor integral ou parcial em até 96 horas, conforme saldo disponível;
4. Caso a devolução seja parcial, o banco do golpista poderá fazer bloqueios adicionais por até 90 dias, até completar a restituição total.

Além das fraudes, o MED também pode ser usado para corrigir erros operacionais, como transações duplicadas. Nesse caso, o valor é devolvido em até 24 horas após a falha ser confirmada.