..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍTICA

Audiência Pública requerida por Felipe Tchê propõe criação de programa de apoio às mães atípicas em Rio Branco

Audiência Pública requerida por Felipe Tchê propõe criação de programa de apoio às mães atípicas em Rio Branco

O vereador Felipe Tchê (PDT) realizou na manhã desta segunda-feira, 12, na Câmara de Rio Branco, uma audiência pública com foco no acolhimento e na valorização das chamadas mães atípicas — mulheres que cuidam de filhos com deficiência, síndromes ou transtornos do neurodesenvolvimento. A audiência discutiu o Projeto de Lei nº 37/2025, que propõe a criação do Programa Municipal de Atenção e Orientação às Mães Atípicas.

O encontro reuniu mães, representantes de associações, profissionais da saúde e da educação, além de membros do poder público, promovendo um espaço de escuta e construção coletiva. O objetivo do projeto é garantir dignidade, apoio emocional, orientação especializada e políticas públicas efetivas para essas mães que enfrentam, diariamente, jornadas exaustivas de cuidado e resistência.

Durante a audiência, relatos emocionantes deram voz à realidade dessas mulheres.
Adjayana Santos, mãe atípica e representante do Grupo de Mães Atípicas do Acre, fez um apelo por mais humanidade e empatia:
“Tem gente que nunca vai entender o que é passar a noite em claro, não por insônia, mas por luta. A gente move montanhas com a alma quebrada. Ser mãe atípica é esquecer de si todos os dias para garantir o melhor para os filhos.”

WhatsApp_Image_2025-05-12_at_10.42.10.jpeg

Heloneida Gama, presidente da Associação Família Azul (AFAC) e também mãe atípica, destacou a falta de rede de apoio e os impactos do descaso público. “O autismo precisa ser tratado como pauta apartidária. Somos esquecidas pelas gestões, tanto estadual quanto municipal. Algumas mães chegam ao suicídio. Não é privilégio que buscamos, é cuidado. Cuidado também é política pública.”

A emoção tomou conta do plenário quando Macleane Brandão, outra mãe presente, agradeceu ao vereador pela iniciativa. “Me emociono ao falar do meu filho. E agradeço profundamente ao vereador Felipe Tchê por nos dar voz. É um olhar de apoio que nos fortalece.”

Para Felipe Tchê, a audiência foi um primeiro passo rumo à construção de um programa que possa transformar a realidade dessas famílias. “Estamos ouvindo quem realmente vive essa dor, essa luta. Nosso compromisso é fazer com que esse projeto não fique no papel. As mães atípicas precisam e merecem políticas públicas de verdade.”

O Projeto de Lei segue agora para tramitação na Câmara. A expectativa é de que a proposta seja aprovada ainda este ano, instituindo um programa permanente de atenção e orientação às mães atípicas da Capital acreana.