Durante participação no podcast Papo Informal, apresentado pelo jornalista Luciano Tavares nesta quinta-feira, 10, o deputado estadual Arlenilson Cunha (PL) falou sobre ideologia política, limites da liberdade individual e o papel do Estado.
O parlamentar se autodeclarou conservador nos costumes e defensor de um liberalismo moderado, que respeita a lei, mas rejeita ideias como o Estado mínimo.
“Tem gente que fala que o conservador é retórico. Eu defendo mudanças prudentes. Aquilo que é bom para a sociedade deve permanecer, e o que pode evoluir, evolui. Mas tudo com responsabilidade”, disse o deputado ao comentar sobre seu alinhamento ideológico.
Ao tratar do liberalismo, Arlenilson explicou que defende as liberdades individuais dentro dos limites legais e institucionais, mas rejeita propostas como a legalização da maconha.
“Quando falo em liberalismo, falo da igualdade de todos perante a lei, do direito de escolha. Mas liberdade não é libertinagem. Se há uma lei que proíbe a maconha, eu sou contra sua liberação. A liberdade individual existe, mas dentro do que é legalmente estabelecido.”
Sobre temas polêmicos, como o aborto, Cunha seguiu a mesma linha, reafirmando sua posição contrária.
“A legalização do aborto e da maconha são exemplos de onde o Estado deve intervir. Eu sou contra essas pautas. Não é porque se fala em liberdade que tudo está permitido.”
Diferenciando-se de uma visão liberal mais radical, Arlenilson declarou ser contra o chamado “Estado mínimo”, ideia comumente defendida por economistas liberais que pregam menor intervenção estatal na economia e nos serviços públicos.
“Eu não defendo o Estado mínimo. Defendo o Estado necessário. O Brasil tem mazelas demais, desigualdades demais. Um Estado reduzido não conseguiria garantir segurança, saúde, justiça. O papel do Estado é garantir os direitos do cidadão e manter a ordem pública.”
Para o parlamentar, o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade é o caminho para uma sociedade mais justa. “Liberdade com responsabilidade, com legalidade. É isso que defendo. O Estado deve garantir as bases; segurança, justiça e direitos fundamentais — sem intervir nas escolhas pessoais de forma arbitrária, mas também sem se omitir diante do que é ilegal ou prejudicial”, finalizou.