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POLÍTICA

Arlenilson critica Marina Silva e quer mudar nome de galeria na Aleac que homenageia ministra

Arlenilson critica Marina Silva e quer mudar nome de galeria na Aleac que homenageia ministra

O deputado estadual Arlenilson Cunha (PL) voltou a se posicionar de forma crítica em relação à atuação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e às recentes operações na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre. Durante entrevista ao podcast Papo Informal, transmitido nesta quinta-feira, 10, e apresentado pelo jornalista Luciano Tavares, o parlamentar defendeu justiça social para os produtores rurais atingidos pelas fiscalizações e reafirmou sua oposição à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede).

A fala de Arlenilson foi motivada por uma pergunta do jornalista e historiador Ronan Matos, que pediu ao parlamentar alternativas para o “imbróglio” envolvendo a Reserva Chico Mendes e mencionou a crítica anterior de Arlenilson, que afirmou que a Operação Sussuarana teria a “digital de Lula e Marina”.

“Eu fui um dos primeiros a levantar esse debate dentro da Assembleia. A maioria dos deputados entende a gravidade da situação. A operação fere, sim, princípios básicos do processo legal. Não é só sobre legalidade. É sobre justiça social. Temos relatos de produtores que sequer sabiam quantos animais estavam sendo apreendidos”, afirmou Cunha.

Segundo o deputado, uma das alternativas em discussão é a compensação de áreas, medida já aprovada por meio de leis estaduais e debatida com o governo do Acre. A ideia seria permitir que produtores assentados ou tradicionais possam trocar áreas ocupadas irregularmente por outras legalizadas, dentro de determinados critérios técnicos.

“Aprovamos uma lei que prevê compensações de até quatro módulos fiscais , cerca de 400 hectares — como forma de resolver esse problema de forma justa. Isso foi construído em comissão na Assembleia Legislativa e é um caminho concreto.”

Arlenilson também destacou que é preciso envolver a bancada federal e o governo do Estado na mediação do impasse, mas alertou que há excessos na atuação de órgãos federais.
“As operações têm sido humilhantes para o produtor. Isso não pode continuar. Precisamos de diálogo, não de imposições.”

Questionado por Luciano Tavares sobre sua posição em relação à ministra Marina Silva. “Vamos apresentar uma proposta para mudar o nome da galeria que hoje homenageia ela na Aleac.”
O parlamentar justificou que homenagens em espaços públicos devem seguir a legislação, que exige que a pessoa homenageada esteja falecida, e sugeriu nomes de personalidades locais que, segundo ele, contribuíram mais diretamente para o desenvolvimento do Acre, como Wanderlei Dantas ou Fabiano Melo. “Tem muita gente viva sendo homenageada. A lei é clara: tem que ser pessoa falecida. E mais do que isso, precisamos pensar em quem realmente deixou um legado de desenvolvimento para o nosso Estado.”

O jornalista Luciano Tavares questionou se temas como esse não estariam sendo usados de forma populista ou “jogada para a plateia”, uma vez que as operações são resultado de decisões judiciais federais e não necessariamente de ações diretas do governo Lula ou do ministério de Marina.

Arlenilson respondeu que reconhece a legalidade das decisões judiciais, mas reforçou que sua crítica se concentra nos impactos sociais e na forma como as ações têm sido conduzidas.
“Não se trata apenas de legalidade. Trata-se de justiça social. A operação pode até ser legal, mas a forma como tem sido conduzida é injusta, desrespeitosa e desumana”, frisou.